O que está acontecendo aos mega parques da Disney e da Universal, em Orlando, na Flórida?
Em pleno verão no Hemisfério Norte, o tempo de espera para passeios e atrações diminuiu, apontam analistas que acompanham a frequência dos parques temáticos no país.
Vídeos nas mídias sociais dos EUA também mostram pessoas comentando sobre o esvaziamento nesta alta temporada.
Entende-se o espanto dos americanos. Quem já foi ao complexo de parques em julho em outros tempos, esperou cerca de uma hora, ou mais, na fila para as atrações mais concorridas. E havia uma multidão de gente nos espaços públicos, como lojas, bares e restaurantes.
Hoje, a situação é bem diferente. Os visitantes estão bem mais tranquilos sem tanta aglomeração e até conseguem descontos. Já executivos do império dão sinais de preocupações com a desaceleração.
O site Thrill Data, que rastreia as informações de espera nos parques temáticos, relata que desde fevereiro de 2023 tanto os parques da Disney quanto os da Universal registram redução no tempo de espera das atrações, o que significa menos gente.
Segundo o site, neste mês de julho o tempo médio de espera na Disney World é de 33 minutos – um dos menores desde janeiro de 2022. No mesmo período do ano passado, o tempo de espera a média foi de 41 minutos. Nos parques da Universal – Studios e Island of Adventure – a situação não é diferente.
E essa situação veio à tona especialmente depois do último feriado nacional de 4 de julho, que registrou uma queda difícil de esconder e a maior da última década: a data foi o terceiro dia mais lento dos últimos 12 meses no Disney´s Hollywood Studios na Flórida, diz a agência Touring Plans à CNN americana.
POSSÍVEIS CAUSAS
A mídia americana não está indo a fundo na questão, embora busque opiniões de especialistas em viagens.
Mas, as explicações são genéricas. Alguns apontam para o extremo calor na Flórida e até mesmo atribuem a desaceleração ao clima político tenso no estado que teria gerado alertas de viagens de alguns grupos.
O CEO da Disney, Bob Iger, atribuiu o declínio do tempo de espera da Disney World a uma queda geral no turismo da Flórida Central.
O fato é que a Disney saiu do reino da magia para brigas legais com o governador da Flórida, Ron DeSantis, enfrenta perdas em streaming e sucessão de executivos. Além disso, nomes de seus funcionários aparecem constantemente em escândalos envolvendo pedofilia.
A companhia também adotou uma linha mais progressista (a chamada cultura woke) na abordagem de seus filmes e personagens, o que estaria desagradando à parcela mais conservadora.
Estaria o império de Mickey sendo também cancelado?