O GP de Fórmula 1, realizado no domingo (14) na capital paulista, que marcou a reabertura do calendário de eventos internacionais pós pandemia, teve um desempenho surpreendente – dentro e fora das pistas.
O impacto financeiro em São Paulo foi de R$ 810 milhões, gerando 8,5 mil empregos temporários.
Nos três dias de automobilismo, o autódromo de Interlagos recebeu 150 mil pessoas, com todos os ingressos vendidos antecipadamente, o que causou, segundo a Fundação Getúlio Vargas, a boa performance econômica.
Além disso, a corrida repleta de ultrapassagens, muita adrenalina e a vitória do britânico Lewis Hamilton, que carregou a bandeira brasileira na reta de chegada, repetindo o gesto tradicional de Ayrton Senna, sacudiu e emocionou as arquibancadas totalmente lotadas.
Fazia muito tempo que cenas como essas não aconteciam no automobilismo brasileiro. Muitos choraram quando a plateia gritou o nome de Senna ao ver o piloto britânico com a bandeira e depois enrolado nela no pódio. Ele ofereceu a vitória ao piloto brasileiro, seu grande ídolo e a torcida foi à loucura.
O secretário estadual de Turismo, Vinicius Lummertz, ainda emocionado com tudo o que assistiu, disse que “o último domingo nos lembrou de quem somos”.
Ele se referia à vocação do Brasil em realizar grandes eventos internacionais com aquele toque de emoção e de calor humano tão característico do país.
Entre o público que foi a Interlagos para o GP, 77% são pessoas não residentes na capital paulista, o que faz do evento o maior com a presença de turistas no calendário oficial da cidade.
Outro fator importante foi a exposição
publicitária estimada em US$ 302 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão). A prova é
transmitida para 200 países, incluindo os principais emissores de turistas para
o Brasil, e vista por 500 milhões de pessoas.
O estado, que está com a vacinação adiantada (mais de 70% da população), já começa a reaquecer a economia com a realização de eventos de grande porte e outros corporativos.
Há cerca de 200 palestras e eventos corporativos já agendados, todos funcionando com protocolos sanitários e exigência de passaporte de vacina.