A China está construindo mais de 100 silos de mísseis balísticos intercontinentais em um deserto próximo à cidade de Yumen, no noroeste do país.
As imagens foram capturadas por satélites comerciais, avaliadas pelos pesquisadores do Centro James Martin para Estudos de Não Proliferação, da Califórnia, e divulgadas nesta sexta-feira (2) pelo The Washington Post.
Silos de míssil são instalações subterrâneas, geralmente no formato de um cilindro vertical, usado para armazenar e lançar mísseis balísticos intercontinentais.
As imagens dos satélites, diz o jornal, mostram 119 canteiros de obras quase idênticos. Para analistas, essas são características observadas em instalações de lançamento que a China usa para seus mísseis nuclear de ponta.
Os supostos locais de construção de silos identificados pelos satélites se agrupam em duas grandes faixas, cobrindo partes de uma bacia desértica a oeste e sudoeste de Yumen.
Cada um deles é separado de seus vizinhos por cerca de três quilômetros, com muitos escondidos por grandes coberturas em forma de cúpula.
Na avaliação de especialistas, a China teria hoje um estoque pequeno de armas nucleares em comparação aos Estados Unidos e Rússia, número que eles estimam entre 250 e 350.
Mas, a construção dos novos silos pode representar aumento significativo de ogivas.
O almirante Charles Richards, que comanda as forças nucleares dos EUA, disse recentemente no Congresso que uma “expansão de tirar o fôlego de suas capacidades nucleares estava em andamento na China.
Procurado pelo jornal, o Departamento de Defesa não comentou as imagens divulgadas pelo jornal.