Ícone da hotelaria de São Paulo, o Hotel Maksoud Plaza pediu recuperação judicial para pagar suas dívidas. É o fim de uma era.
Após seis meses fechado, o hotel reabriu no dia 4 de setembro, mas com apenas 3% por conta da paralisação do turismo de negócios, das grandes feiras e eventos da capital paulista durante esta quarentena interminável.
O cinco estrelas tem uma dívida estimada em mais de R$ 81 milhões que, com outras dívidas trabalhistas, estaria na casa dos R$ 120 milhões. Para enxugar custos, demitiu em agosto 50% dos seus funcionários.
Quem viveu ou passou por São Paulo nas três últimas décadas, sabe da importância desse hotel, um dos símbolos do lifestyle paulistano nos anos 1980/90 e que entrou para a história do país por receber celebridades internacionais poderosas.
Por sua suíte presidencial, chamada de Trianon, passaram Frank Sinatra, Rolling Stones, Julio Iglesias, o ator Anthony Queen, a primeira ministra britânica Margaret Thatcher e o príncipe Albert de Mônaco, entre outras estrelas dessa constelação.
Frank Sinatra no teatro do Maksoud Plaza Foto arquivo Maksoud |
O ano de 1981 foi glorioso para o Maksoud por ter sido o palco dos últimos quatro shows de Sinatra no Brasil.
Outro momento marcante aconteceu em 1992, quando Axl Rose, vocalista da banda Guns N´Roses atirou da janela de sua suíte uma cadeira por estar irritado com os jornalistas que o aguardavam do lado de fora.
Há muitas histórias para contar sobre o prédio de 22 andares, da al. Campinas, nos Jardins, cheio de obras de arte e que serviu de cenário para a novela Torre de Babel, da Globo, 1999.
Ele é parte do patrimônio da cidade.
Nós paulistanos, ficamos aqui na torcida para que não feche suas portas de vez e que não haja efeito dominó, porque sabemos que a conta da pandemia será muito alta para São Paulo.