Se você não acredita que algo está fora de ordem neste fatídico 2020, aqui temos mais um fator: as temperaturas na Sibéria, no Círculo Polar Ártico, um dos lugares mais distantes e gelados do planeta, subiram mais de 5ºC acima do normal.
Segundo a Reuter, essa onda de calor tem provocado alguns dos piores incêndios florestais que a região já conheceu, mostram dados do programa Copernicus, de Observação da Terra da União Europeia.
A Organização Metereológica Mundial também tenta confirmar a informação russa de uma temperatura de mais 38ºC é a mais alta já registrada ao norte do Círculo Polar Ártico.
O cientista sênior da Copernicus, Mark Parrington, disse que “o clima está mudando muito rápido no Ártico. Estamos ficando mais e secos e quentes” o que, segundo ele, favorece os incêndios, que já superam os números recordes na região em julho de 2019.
Informações da agência florestal russa apontam que nesta segunda-feira (6), havia 246 incêndios cobrindo mais de 140 mil hectares. O estado de emergência foi declarado em sete regiões.
Em 2019, o ano mais difícil, os incêndios florestais devastaram cerca de 15 milhões de hectares, provocando prejuízos de mais de US$ 181,5 milhões.
Para os cientistas, a região é distante e pouco povoada, mas ainda tem um impacto em todos. Eles classificam a atual situação como um “grito de alerta”!