Mais de meio milhão de pessoas foram colocadas novamente em isolamento na China central depois que três médicos deram positivo para o vírus, embora não apresentem sintomas.
O condado de Jia, na província de Henan, onde vivem cerca de 570 mil habitantes, interrompeu o transporte público, dentro e fora da área, desde a última segunda-feira (30).
Autoridades regionais ordenaram que todas as vilas, cidades e complexos residenciais ativassem seu “mecanismo de guerra” para combater um novo surto.
Essas notícias surgem no momento em que Pequim declarou, no fim de semana, que reduziu o surto. E em meio a declarações de que os dados do país sobre a pandemia são falsos, segundo relatório da inteligência americana.
Agora, as preocupações com uma segunda onda crescem devido às pessoas que chegam do exterior e aos chamados “portadores silenciosos”, que podem espalhar o vírus Covid-19 sem perceber, diz o governo.
Eles não apresentam sintomas típicos da doença, como febre, dor de garganta ou tosse, mas têm resultado positivo nos testes.
Até terça-feira (1º), o coronavírus matou 22 pessoas e infectou outras 1.273 em Henan, na fronteira com Hubei, onde tudo começou.
Henan é a terceira província mais populosa da China continental, com cerca de 109 milhões de habitantes.
Embora a vida esteja voltando lentamente ao normal em Hubei, os moradores de Wuhan não podem deixar a cidade até 8 de abril.
Os novos casos derrubam a tese de que são os estrangeiros os responsáveis pela propagação do vírus no país e de que os casos se concentravam apenas em Hubei.