O mundo da moda perdeu nesta terça-feira, 19 de fevereiro, uma de suas maiores estrelas, senão a maior: o icônico Karl Lagerfeld, que foi diretor criativo da Maison Chanel por quase três décadas, onde produzia até oito coleções por ano. Em 2015, ele também comemorou 50 anos à frente da grife Fendi.
Lagerfeld tinha 85 anos, deu entrada em estado de emergência em um hospital de Paris, onde faleceu pela manhã. A causa da morte ainda é desconhecida. Mas a sua saúde já inspirava cuidados há algumas semanas. Em janeiro, ele chegou a faltar em um dos desfiles de sua marca. Na ocasião, a Chanel comunicou que a ausência de Karl era “apenas cansaço”.
Nascido em Hamburgo, na Alemanha, Lagerfeld desde criança fazia desenhos de moda. Mudou-se para Paris aos 17 anos e começou a trabalhar como freelance, em 1964, para a casa francesa
Chloé. Não parou mais de criar. O designer deixa um legado imenso na alta-costura.
Além do gosto refinado e da elegância, Karl também ficou famoso por sua língua afiada. Falava o que pensava, arrumando algumas inimizades ao longo da vida. O rabo de cavalo e os óculos escuros também sempre foram sua marca registrada. Dificilmente, era visto sem eles. “Os óculos são minha burca”, dizia.
Para Karl, “moda é atitude e não o detalhe de uma roupa”. Ele tinha ambos. Vai fazer falta!
Karl costumava brincar com sua própria personalidade. “Sou uma caricatura de mim mesmo e gosto disso. É como uma máscara e o Carnaval de Veneza dura o ano inteiro.”