POR MICHELE MONTANHA*
Ela é conhecida mundialmente e, melhor ainda, é uma uva que se adapta em diferentes terroirs pelo mundo, produzindo bons vinhos. E tem mais: pode brilhar sozinha ou acompanhada.
A maciez desta casta é frequentemente utilizada em cortes para aparar as arestas dos taninos de uvas como a Cabernet Sauvignon e por esse motivo é sublime nos tintos de Pomerol, na França. Ela prefere os climas amenos aos quentes. No Brasil ela já tem bons ensaios e brilha com bastante perfeição na Itália, no Chile e nos EUA.
Esta uva é nativa do sudoeste da França, da região de Bordeaux. Originalmente, obteve destaque na margem direita do rio Garonne e até hoje mantém seus melhores exemplares por lá. Em Bordeaux (minha cidade preferida da França, depois de Paris), a Merlot é expressiva e em seus aromas primários apresenta amora, cerejas maduras, notas de ervas frescas e minerais, escoltados por taninos macios e sedosos.
HARMONIZAÇÃO
Um dos pratos preferidos para harmonizar com a Merlot são à base de cogumelos e ervas frescas. Com as berries, qualquer receita preparada com cerejas, ameixas (secas ou hidratadas), ou uvas passas podem ficar sublimes.
Michele Montanha é graduada em jornalismo e Master of Science in Wine Management, com diploma pela Universidade de Paris Ouest, na França, e OIV (International Organisation of Vine and Wine).