Mulheres que foram ícones de beleza, talento e sensualidade, como Liz Taylor, Sophia Loren, Brigitte Bardot, Jackie Onassis (foto) e a princesa Diana, entre tantas, têm milhares de seguidores e continuam mais presentes do que nunca no universo virtual e na lembrança real das pessoas.
No início do segundo semestre, foi muito lembrando pelo universo fashion o aniversário de 133 anos do nascimento de Coco Chanel. A herança da estilista francesa continua na marca que até hoje segue o estilo de sua criadora e é objeto de desejo das mulheres mais elegantes do planeta. Os ícones nunca morrem!
Excesso de nostalgia dos mais velhos? Mas, então, por que os jovens são os que mais interagem nesse tipo de páginas? Já li diversos comentários, do tipo: “Ah, como eu gostaria de ter vivido nessa época e de ter usado essas roupas”. Ou “como elas eram elegantes, me identifico com esse estilo”, escrevem garotas nas mídias sociais.
Os jovens não são nostálgicos. Ao contrário: vivem intensamente o presente. Mas eles estão em busca de referências, que não sejam as atuais, tão empobrecidas. Sem grandes perspectivas de futuro, a fonte de inspiração – na moda, no lifestyle, nos costumes, na música – acabam sendo os símbolos de um mundo mais romântico,ético e glamouroso.
A elegância se perdeu ao longo do tempo, apagando o toque de mistério feminino, marcado por pequenos detalhes, como um par de luvas brancas, um chapéu estiloso, um colar de pérolas.
Ou ainda um decote mais insinuante no longo vestido rodado, que marcava a cintura. Esses acessórios enlouqueciam o imaginário masculino – e eternizavam as mulheres em suas mentes. Não era preciso mostrar mais nada!
A estilista Carolina Herrera diz que “tendências vêm e vão, mas elegância e sofisticação são qualidades atemporais. E as mulheres devem regatá-las para se sentir elegantes.”
E foi além: “a chave sempre é o mistério. Um pouco de mistério é fundamental em tudo o que se faz – e na roupa também. Algumas mulheres pensam que a palavra elegância está fora de moda. Mas não é tudo o que elas mostram que as tornarão diferentes e atraentes.” Herrera se referia a mulheres que hoje se apresentam quase semi nuas.
O fato é que quanto mais as mulheres se mostram, menos elas aparecem. Quanto mais se despem, mais revelam a sua baixa auto estima. A necessidade de usar o corpo para chamar a atenção independe de status, fama e dinheiro. Há mulheres poderosas, ricas e famosas, mas que não conseguem ser sofisticadas. Enquanto outras o serão eternamente.
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Jennifer Lopes |
Em noites de red carpet, algumas celebridades ganham destaque internacional, não tanto pelo talento, mas sim pelo modelo do vestido que usam, tanto no positivo quanto no negativo. E o trabalho realizado – na música, no cinema etc – acaba em segundo plano. Portanto, existe aí um prêmio (importante) para a elegância.
O mesmo vale para o cotidiano daquelas que não estão sob os holofotes. A moda hoje é democrática. Cada um usa o que quer e ninguém tem nada a ver com isso.
Mas, uma mulher bem vestida sempre vai atrair mais olhares. Até mesmo se estiver usando um jeans com uma camisa branca. O requinte está nas coisas mais simples.
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Coco Chanel: elegância eterna |
Por isso, não se sinta ultrapassada, nostálgica ou diferente das demais, caso não tenha a mínima necessidade de exibir o corpo para revelar a sua verdadeira feminilidade, o seu poder de sedução. Como dizia Coco Chanel, “o luxo não é o oposto da pobreza, mas sim da vulgaridade.”
As mulheres elegantes (não necessariamente magras, siliconadas, platinadas, lipoaspiradas etc) sempre foram as mais sedutoras. O brilho precisa vir da essência. A aparência é só um reflexo!