Funcionários do Google foram presos e colocados em licença administrativa na noite desta terça-feira (16) depois de realizarem protestos em escritórios da gigante da tecnologia em Nova York e em Sunnyvale, na Califórnia.
O motivo dos protestos, que duraram cerca de dez horas, foi o contrato de nuvem de US$ 1,2 bilhão feito pelo Google com uma empresa de Israel.
Manifestantes pró-palestinos, que pertencem a um grupo chamado No Tech For Apartheid, publicaram vários vídeos e transmissões ao vivo dos protestos – incluindo o momento em que receberam os avisos finais e foram presos pela polícia local por invasão de propriedade. Um terceiro protesto ocorreu em Seattle.
Usando lenços de cabeça árabes, eles também invadiram o escritório do CEO do Google Cloud, Thomas Kurian, em Sunnyvale. Nove manifestantes foram presos.
Segundo a empresa, os funcionários que participaram do protesto já enfrentam ações disciplinares.
“São parte de uma campanha antiga de um grupo de organizações e pessoas que em grande parte não trabalham na empresa. Impedir fisicamente o trabalho de outros funcionários é uma clara violação de nossas políticas, iremos investigar e tomar medidas”, disse um porta-voz do Google em comunicado.
Não é de hoje que ocorrem problemas: o Google enfrenta há meses a agitação dos funcionários relacionada à guerra Israel-Hamas. Em março último, a empresa demitiu um engenheiro de software que criticou publicamente um dos seus executivos baseados em Israel durante uma conferência de tecnologia na cidade de Nova York.