O aumento do número de capivaras no Distrito Federal, com os bandos habitando principalmente a orla do Lago Paranoá, não traz problemas aos humanos. Ao contrário: elas contribuem para o equilíbrio do ecossistema aquático, auxiliando na manutenção da qualidade da água e garantem a sustentabilidade ambiental da região.
Essa é a conclusão do estudo de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB). A pesquisa conclui ainda que a capivara não representa perigo em relação à transmissão de doenças para seres humanos e animais domésticos.
Além disso, o animal, que ocupa a orla do lago Paranoá, tem pouca relação com infestação de carrapatos, não sendo o principal hospedeiro nem vetor de zoonoses. Vale lembrar que o aumento desses animais nas áreas urbanas foi durante a pandemia com a redução do fluxo de humanos.
Para Francislete Melo, professora de medicina veterinária do CEUB, é importante esclarecer que a população de capivaras está controlada e não representa ameaça significativa. Porém, alerta que não devem ser tratadas como animais de estimação. “Elas são selvagens e não podem ser mantidas dentro de casa ou em qualquer ambiente doméstico”.
CURIOSIDADES
A capivara é o maior roedor do planeta, podendo atingir até 1,35 m de comprimento, 60 cm de altura e pesar até 70 quilos. Come basicamente capim encontrado em áreas alagadas, mas se alimenta também de cascas e folhas de arbustos.
São criaturas sociais, vivem em grupos, entre cinco a 40 animais. Como são territorialistas, o líder protege o bando. Hoje existe em média de 300 a 400 animais em todo o DF, sendo que 25% ocupa a orla do Paranoá.