Elon Musk caminha a passos largos para conquistar o título de primeiro trilionário do mundo até 2027. Essa projeção consta do relatório global de riqueza Connect Academy. Aos 53 anos, Musk hoje é a pessoa mais rica do mundo, com um patrimônio líquido de US$ 251 bilhões, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg.
A riqueza de Musk cresce a uma taxa média de 110% ao ano. Se continuar subindo nesse ritmo, ele subirá ao pódio do primeiro trilionário do mundo.
Segundo o relatório 2024 Trillion Dollar Club, o valor de mercado da Tesla, que pertence ao bilionário, é de US$ 669,3 bilhões. E a taxa de crescimento da empresa é também muito alta: 173,3%, segundo o relatório. Isso significa que a Tesla sozinha pode ultrapassar US$ 1 trilhão já em 2025.
LIBERDADE DE EXPRESSÃO
Apesar do patrimônio em ascensão, o que hoje deixa Musk no centro das atenções globais é a sua luta pela liberdade de expressão, uma pauta que começou a ganhar grande fôlego quando ele comprou o antigo Twitter, hoje X, por cerca de US$ 44 bilhões.
E essa batalha atinge o seu auge no Brasil, onde Musk vem enfrentando ordens inconstitucionais do juiz Alexandre de Moraes, do STF. Por isso mesmo, o bilionário é hoje uma dos nomes mais conhecidos dos brasileiros – amado por milhares e odiado por uma pequena elite que quer impedir a livre expressão do pensamento de cerca de 215 milhões de pessoas, especialmente pela internet.
Com base na Constituição brasileira, Musk se negou a cumprir ordens de Moraes que incluiam, entre outras, banir perfis de usuários, sem qualquer justificativa. O juiz ameçou prender os funcionários do X no Brasil, que Musk protegeu até chegar ao ponto de fechar escritório da plataforma em território nacional.
X BLOQUEADO
As tensões entre ambos atingiram o auge no último dia 31 de agosto, quando o X – usado por 22 milhões de brasileiros – foi banido do país. Hoje, só é possível utilizar a plataforma por meio do VPN, embora Moraes ameace com multa de R$ 50 mil os cidadãos que a utilizarem -outra decisão que a maioria dos juristas considera ilegal. Até mesmo a silenciosa OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) entrou com um pedido para reverter a decisão.
Muitos obedeceram e se calaram. Outros milhares não. Sem o X, o Brasil entrou para a lista dos países de censura rígida, entre eles China, Irã e Rússia, citando os mais conhecidos.
Moraes também congelou as contas da Starlink, empresa de satélites onde Musk tem 40% de participação. A empresa fornece sinal de internet de alta qualidade aos locais mais remotos do país, como escolas da Amazônia, e a serviços importantes das Forças Armadas.
O bilionário está furioso, colocou o Brasil no centro das discussões sobre censura e, ao que tudo indica, não vai se dobrar às injustiças cometidas contra as suas empresas. Ele também criou uma conta, batizada de Alexandre Files, em que publica diariamente as decisões do juiz brasileiro, que envolvem o cancelamento de perfis desde usuários com menos de 1 mil seguidores até senadores da República.
Na grande manifestação de 7 de Setembro, Dia da Independência, que levou milhares de brasileiros à avenida Paulista e às ruas de outras capitais do país para reivindicar a liberdade, o nome de Elon Musk foi um dos mais falados e aplaudidos pela multidão.
7 DE SETEMBRO
O ato em São Paulo também foi noticiado em tempo integral pelo X, hoje a principal plataforma de notícias do mundo, que aqui está bloqueada. Contas com milhares de seguidores publicaram exaustivamente tudo o que acontecia nas ruas do Brasil no Dia da Pátria. E havia jornalistas americanos cobrindo o evento -tanto em cima do trio, ao lado de parlamentares, como na avenida.
As emissoras e jornais da grande mídia, que costumam ignorar essas manifestações, foram obrigadas a noticiá-las, porque o mundo estava fazendo isso -graças a Elon Musk. Os grandes jornais americanos, como o Wall Street Journal, também estão expondo tudo o que acontece no Brasil. Eles criticam especialmente o banimento do X.
Essa guerra promete ainda muitos capítulos e milhões de brasileiros a acompanham com atenção, afinal envolve a sua liberdade, o seu trabalho, a sua criação, a sua informação e o seu direito, assegurado por lei, à livre expressão. Embora o X tenha um forte viés político, é utilizado por pessoas dos mais diversos setores e comunidades.
Quem vai vencê-la? O tempo dirá!