Muitas clínicas dos Estados Unidos estão cancelando ou pausando os tratamentos relacionados aos “cuidados de afirmação de gênero”. Essa mudança de comportamento ocorre em função da ordem executiva do presidente Donald Trump que proíbe a “mutilação química e cirúrgica” de crianças americanas por meio de intervenções médicas transgênero consideradas irreverssíveis.
A Casa Branca divulgou uma lista, citando nominalmente várias instituições médicas que interromperam os tratamentos após a decisão do presidente. Em Nova York, por exemplo, o NYU Langone Health está cancelando consultas para menores, incluindo dois de 12 anos que iriam receber implantes bloqueadores de puberdade.
Em Washington D.C, o Children´s National Hospital e o Northwest Washington Hospital suspenderam as terapias hormonais para menores de idade. Esses exemplos se espalham por todo o país.
Em seu decreto, Trump afirma ser “uma mancha na história de nossa nação” que profissionais médicos tenham mutilado e esterilizado um número crescente de crianças, algo sem controle nos últimos anos. O presidente também ameaçou reter o financiamento federal a hospitais que oferecem os tratamentos.
A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, mandou um aviso aos hospitais para não cumprirem a ordem executiva de Trump, alegando que isso poderia “violar a lei estadual”.