O secretário do Departamento de Estado, Marco Rubio, afirmou que o país vai cancelar os vistos de todos os que investem contra a liberdade de expressão, o que inclui autoridades estrangeiras. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (28) em uma postagem na plataforma X.
“Por muito tempo, os americanos foram multados, assediados e até mesmo acusados por autoridades estrangeiras por exercerem seus direitos de liberdade de expressão. Hoje, anuncio uma nova política de restrição de vistos que se aplicará a autoridades estrangeiras e pessoas cúmplices na censura de americanos. A liberdade de expressão é essencial ao estilo de vida americano – um direito inato sobre o qual governos estrangeiros não têm autoridade.”
Em um outro post Rubio acrescentou:
“Estrangeiros que trabalham para minar os direitos dos americanos não devem ter o privilégio de viajar para o nosso país. Seja na América Latina, na Europa ou em qualquer outro lugar, os dias de tratamento passivo para aqueles que trabalham para minar os direitos dos americanos acabaram. “
Está declarada oficialmente a guerra contra os que cerceiam a liberdade de expressão!
VÁRIAS MEDIDAS CONTRA A CENSURA
O jornalista americano Michael Shellenberger, autor do Tweet Files Brazil, também divulgou nesta quarta-feira em seu perfil do X vários posts, listando as muitas medidas que Marco Rubio vem tomando para reagir às crescentes demadas de governos estrangeiros para censurar cidadãos e empresas de tecnologia americanos, como Google, Meta e X.
Em abril, Rubio fechou o Centro de Engajamento Global (GEC),do Departamento de Estado, que financiava a defesa da censura pelo Índice Global de Desinformação, uma ONG sediada no Reino Unido com vínculos com a Comunidade de Inteligência.
“Na semana passada, Rubio disse que o governo estava considerando sanções sob a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por seus decretos de censura abrangentes”, escreveu Shellenberger.
E na última segunda-feira, altos funcionários do Departamento de Estado viajaram à França para expressar suas preocupações com a guerra jurídica contra a candidata à presidência, Marine Le Pen, e à Irlanda para expressar suas preocupações com a Lei de Serviços Digitais (DSA), que permite à UE censurar cidadãos e empresas americanas.