Foi dada a largada pela disputa da sede do GP de Fórmula 1 no Brasil. O governador de São Paulo, João Doria, disse nesta sexta-feira, 10, que o evento continua em São Paulo até 2020, quando vence o contrato firmado entre os patrocinadores e a prefeitura.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que o prêmio voltará ao Rio em novo autódromo, que será construído em Deodoro, zona norte da cidade, já batizado de Ayrton Senna. E sem envolver dinheiro público, pois será bancado pela iniciativa privada.
“O GP de Fórmula 1 está em São Paulo e continuará em São Paulo”, afirmou Doria. Ele disse também que “temos contrato com os promotores da F1 até 2020 e há multas pesadíssimas se qualquer uma das partes romper com esse acordo.”
Doria diz respeitar o desejo de levar a competição para o Rio, mas “vamos lutar para manter a F1 em São Paulo”. Argumenta que a capital paulista tem mais estrutura para atender aos turistas e Interlagos, pelo seu traçado, está entre os cinco melhores circuitos do mundo, sendo muito elogiado pelos pilotos.
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, falou sobre o impacto econômico que o GP traz para a cidade. “A F1 movimentou R$ 334 milhões em 2018, 20% a mais que em 2017, gerando 10 mil empregos diretos e indiretos”. O público foi de mais de 150 mil pessoas. O prêmio acontece na capital paulista desde 1990.
Depois do anúncio de Bolsonaro, a prefeitura de São Paulo enviou para a Câmara Municipal um projeto de lei em regime de urgência para a concessão do Autódromo de Interlagos.
Vale lembrar que os organizadores da Fórmula 1 já estavam muito insatisfeitos com a falta de segurança no país. Equipes e pilotos chegaram a pedir que o GP não fosse mais realizado aqui por esse motivo. Em novembro de 2017, uma equipe da Mercedes foi vítima de assalto quando deixava os treinos.
Os brasileiros tomaram conhecimento da notícia pela postagem do piloto inglês Lewis Hamilton no Twitter, em 11 de novembro: “Alguns da minha equipe foram mantidos sob a mira de armas ao deixarem o circuito aqui no Brasil. Tiros, armas apontadas para a cabeça”. O caso repercutiu no mundo inteiro.
Quem será que vence essa corrida?
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