Atualizado às 19h00
O prefeito de Seul, na Coreia do Sul, Park Won-soon, foi encontrado morto pela polícia nesta quinta-feira (9), horas depois que sua filha alertou sobre o desaparecimento do pai.
Ele era considerado a segunda autoridade mais poderosa depois do presidente, tinha 64 anos, e seu corpo foi achado em uma colina ao norte da cidade por um cão farejador. A polícia chegou ao local rastreando o sinal de seu celular.
Ainda não há informações oficiais sobre a causa da sua morte. Segundo a polícia, não foram encontrados sinais de suicídio e nem de que possa ter sido assassinado por alguém.
O prefeito desapareceu um dia depois que uma de suas secretárias contou à polícia que era assediada sexualmente por ele desde 2017. A informação foi divulgada por duas de TV de Seul.
Ele cancelou a agenda oficial na prefeitura, justificando estar doente. A filha avisou a polícia que ele estava longe de casa há cinco horas.
Park, que já estava em seu terceiro mandato no comando de uma cidade com 10 milhões de habitantes, era cogitado como um eventual candidato para substituir o presidente do país, Moon Jae-in, cujo mandato deve terminar em 2022.
Antes de ingressar para a política, destacou-se como advogado de direitos humanos e que criou o grupo de direitos civis mais influente da Coreia do Sul.
O mais curioso é que ganhou vários casos importantes, incluindo a primeira condenação por assédio sexual no país.
Segundo o The New York Times, ele também participou de campanha pelos direitos das “mulheres de conforto”, na verdade, escravas sexuais coreanas forçadas a trabalhar em bordéis para o exército japonês durante a Segunda Guerra Mundial.