A Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (CLIA) não gostou da recomendação e divulgou uma nota afirmando que o setor tem protocolos sanitários rígidos para evitar infecções, entre eles o teste diário em mais de 10% da tripulação e dos passageiros.
Mas, a Anvisa justifica a recomendação pelo “aumento repentino de casos de infecção detectado nas embarcações que operam cruzeiros marítimos ao longo da costa brasileira”.
A agência citou os dados epidemiológicos globais, especialmente da transmissão da variante Ômicron no Brasil.
Segundo último boletim, o país registrou 128 casos da nova cepa e cerca de 300 estão sendo investigados.
Para os empresários do setor, os mais de 300 casos identificados até o momento representam 0,2% das 130 mil pessoas embarcadas (tripulantes e passageiros) desde o início da temporada, há dois meses.
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No dia 31 de dezembro, dois navios interromperam as viagens devido ao surto de covid a bordo.
O navio da MSC retornou ao Porto de Santos e o Costa Diadema, que tinha como destino final Ilhéus, ficou atracado em Salvador. Em ambos, tripulantes e passageiros testaram positivo.
A Costa Crociére informou que já suspendeu os embarques entre os dias 3 e 10 de janeiro, em Santos, e nos dias 6 e 13, em Salvador. como uma “medida de responsabilidade e em respeito às exigências da Anvisa”.
Neste sábado (01), começaram a desembarcar em Santos passageiros que testaram positivo nos cruzeiros.
O Ministério da Saúde disse que está estudando os casos e deve se posicionar sobre as medidas que serão tomadas.