Mais uma vez São Paulo, a maior metrópole da América Latina, sofre pela administração caótica da Enel. A falta de energia elétrica já dura três dias, provocando transtornos e prejuízos gigantes aos paulistanos. As perdas brutas no varejo e nos setor de serviços já somam cerca de R$ 1,65 bilhão, segundo cálculos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecormecioSP).
E esse valor, diz a entidade, será ainda maior porque a Enel ainda não deu previsões concretas sobre o retorno à normalidade. Só o varejo paulistano teve prejuízos de pelo menos R$ 536 milhões nos dias em que parte dos agentes do setor ficou sem funcionar, apontam os números da Fecomercio. No caso dos serviços, as perdas chegam a R$ 1,1 bilhão.
Esses cálculos levaram em conta que, aos fins de semanba, o comércio de São Paulo tende a faturar em média R$ R$ 1,1 bilhão por dia, enquanto os serviços têm receitas de R$ 2,3 bilhões.
SITUAÇÃO REPETITIVA
Para a FecomercioSP, é inaceitável que “a maior metrópole brasileira sofra com constantes cortes de energia, como vem acontecendo nos últimos meses.” E, por isso, vem dialogando desde a últim a sexta-feira (11), quando começou o apagão, com autoridades, como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Prefeitura de São Paulo – e, em paralelo, exigindo que a Enel normalize a situação com o máximo de urgência possível.
O apagão afeta diversas cidades, incluindo São Bernardo do Campo, Santo André, Taboão da Serra, São Caetano do Sul e Cotia. No sábado (12), cerca de 1,35 milhão de imóveis estavam sem energia, sendo que 870 mil deles localizados na capital paulista, segundo a Enel.
Já ficou mais do que provado que a cidade não pode ficar sem energia elétrica durante tanto tempo. No final de 2023, o apagão durou uma semana, trazendo enormes prejuízos ao empresariado e à população. Ninguém foi ressarcido e a Enel, mais uma vez, mostra que não tem um plano para situações de emergência.
Além da falta de energia elétrica, que obriga o comércio a contratar geradores se quiser funcionar, não há internet, dificultando o trabalho de milhares de pessoas e interrompendo a comunicação. Sem falar, no enorme transtorno causado os moradores de condomínios que ficam sem água, já que as bombas não funcionam.