ATRASOS E CANCELAMENTOS DE VOOS CRESCEM 226% NO BRASIL. O QUE FAZER?

    Nos quatro primeiros meses de 2022 o número de passageiros nos aeroportos brasileiros mais que dobrou (23,4 milhões), se comparado ao mesmo período de 2021. Mas, atrasos e cancelamentos foram além: aumentaram 226%, afetando 2,9 milhões de passageiros no período.

  Isso significa que 1 em cada 54 passageiros sofreu com o problema. Atrasos superiores a quatro horas também foram quase seis vezes maior, prejudicando 58,1 mil viajantes.

Já os cancelamentos atingiram 423,5 mil passageiros, três vezes mais do que nos quatro primeiros meses de 2021. 

 Os números são da Airhelp, líder global na defesa de passageiros de companhias aéreas. A empresa usa inteligência artificial para monitorar aeroportos no mudo todo.

  “A retomada pós pandemia está trazendo transtornos para os usuários”, diz Luciano Barreto, diretor geral da AirHelp no 
Brasil.

  E estes transtornos estão provocado uma chuva de reclamações: cerca de 360,8 mil pessoas estão aptas para pedir indenizações às companhias aéreas. É muita gente!


COMO SER INDENIZADO?

 Segundo a legislação brasileira, há condições específicas para entrar com um pedido de ressarcimento.

  A primeira é saber se o atraso ou cancelamento provocou sofrimento, estresse ou lesou o usuário.

  Por exemplo: faltar a uma consulta médica importante, cancelamento de contrato profissional, demissão ou a perda de algum acontecimento de grande relevância emocional são situações que podem gerar uma indenização.

  Se os chamados “danos morais” sofridos pelo passageiro podem ser provados, pode receber até R$ 10 mil por pessoa da empresa aérea.

  As chances de ser ressarcido aumentam se a empresa for a responsável direta pela interrupção do voo, por problemas técnicos ou falta de tripulação, por exemplo.


OUTRAS CONDIÇÕES

O voo pousou ou decolou em um aeroporto brasileiro.

Foi cancelado com aviso tardio, estava com mais de quatro horas de atrasos ou com overbook

Os passageiros não foram atendidos adequadamente pela companhia aérea

O problema ocorreu nos últimos cinco anos (dois anos para voos internacionais).