Ganham força no mundo as discussões sobre o ChatGPT, um programa de inteligência artificial. Depois de ser banido da Itália no final de março, autoridades europeias aprofundam suas discussões sobre o chatbot, a polêmica tecnológica de 2023.
Lançado em novembro de 2022, é uma tecnologia capaz de responder a perguntas de vários níveis. Pode ainda realizar atividades que simulam o comportamento humano, como escrever poemas, textos, música e até mesmo dar conselhos de como abrir um negócio.
A novidade conquistou de imediato 1 milhão de usuários e começou a se expandir globalmente.
Na Itália, o ápice da polêmica foi quando uma foto do papa Francisco, usando um casaco branco esportivo, viralizou nas redes sociais e muita gente compartilhou a imagem achando que era verdadeira. Mas, tinha sido feita por meio de IA.
Também viralizaram nas redes em março fotos falsas do ex-presidente Donald Trump sendo preso em Nova York quando ele nem havia ainda se apresentado ao tribunal, o que só aconteceu nesta terça-feira.
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No mês passado, o bilionário da Tesla e dono do Twitter, Elon Musk, juntou-se a centenas de especialistas para pedir a interrupção do desenvolvimento de poderosos sistemas de IA, um movimento motivado pelo lançamento do GPT-4.
De fato, é algo complicado porque o ChatGPT e programas semelhantes são “treinados” em enormes corpos de texto recolhidos na internet e são conhecidos por “inventar” respostas.
Mas, a OpenAI disse que tais “alucinações” eram menos comuns com o GPT-4, a versão mais recente do bot.
RECLAMAÇÕES
O regulador de dados francês, considerado o mais poderoso da Europa, disse à AFP já ter recebido duas denúncias sobre o ChatGPT.
Uma delas veio de um desenvolvedor de programas que informou ter encontrado informações pessoais suas quando perguntou ao ChatGPT sobre seu perfil.
“Quando pedi mais informações, o algoritmo começou a inventar histórias sobre mim, criando sites ou organizando eventos online que eram totalmente falsos”, escreveu ele.
Se a IA continuar nesse ritmo, as famosas fake news entram em um nível muito mais avançado. E quem vai controlar isso?