A história provoca polêmica nos EUA: o governo federal acusa o Facebook e sites semelhantes de deixarem circular “desinformação” sobre as vacinas contra a covid-19.
O presidente Biden disse nesta sexta-feira (17) aos repórteres que “a única pandemia que temos é a dos não vacinados; estão matando pessoas”.
O Facebook se defende dizendo que, ao contrário, “salva vidas”, fornecendo desde o início da pandemia muitas ferramentas de esclarecimento.
A Casa Branca atribui à “desinformação” que circula nas mídias sociais os problemas que o país enfrenta com pessoas que não querem se vacinar.
Por isso, pediu às gigantes de tecnologia que lutassem com mais firmeza.
Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca, afirmou que “há cerca de 12 pessoas produzindo 65% da desinformação contra vacinas nas redes sociais. Todas permanecem ativas no Facebook, embora algumas até tenham sido proibidas em outras plataformas.”
Ela não revelou nomes e sugeriu que o site fosse mais rápido em remover essas postagens, “porque viajam muito rápido e há informações que estão levando as pessoas a não tomarem a vacina.”
Uma idéia, segundo Psaki, seria o governo sinalizar como desinformação determinados conteúdos, fornecendo às plataformas material mais robusto.
Ela disse ainda que de nada adianta banir pessoas de uma plataforma, se elas continuam atuantes em outras.
O senador republicano Josh Hawley descreveu a atitude do governo como “assustadora”.
“Acho assustador o governo federal compilar listas de pessoas, organizações, seja o que for, e depois ir para uma empresa privada que, aliás, é um monopólio, dizer a esses usuários o que eles podem ou não podem falar. É censura”, disse em entrevista à Fox News.
E acrescentou:
“Devemos apenas regulamentar essas empresas e restaurar a competição. Mas seu status como empresas privadas independentes parece cada vez mais ameaçado aqui. Elas estão agindo como braços do governo. E quando são monopólios, isso é um grande problema.”
Os internautas também criticaram a interferência. Alguns argumentaram que os comentários de Psaki são evidências de que o governo Biden está em conluio ou terceirizando empresas de tecnologia para censurar pessoas online.