O governador João Doria, que chamou a imprensa nesta quarta-feira, 21, no Palácio dos Bandeirantes, para anunciar um projeto turístico em parceria com a Gol em São Paulo, não teve como escapar da política. E foi sabatinado por alguns jornalistas sobre os temais mais polêmicos da semana.
Doria não gostou de ter seu nome envolvido na divulgação da lista dos compradores de jatos executivos da Embraer. “Não foi uma atitude correta do BNDES. Não cabe a um banco divulgar informações de seus clientes”, afirmou.
Ele disse ter comprado uma aeronave de forma legal, dentro das propostas do BNDES, um tipo de negócio, segundo ele, muito praticado pelos quatro grandes fabricantes de aviões no exterior. “Eles oferecem financiamentos até em condições melhores”, disse, acrescentando que essa venda resultou em US$ 1 bilhão para a Embraer.
Para ele, usar o seu nome e o do apresentador Luciano Huck revela “um processo político, tão nocivo agora quanto foi no passado recente do país”.
FILHO MEU, NÃO!
Perguntado se indicaria algum filho seu a cargos políticos (em alusão ao nome de Eduardo Bolsonaro para a Embaixada dos EUA), respondeu: “Nem para a embaixada e nem para lugar nenhum. Não consigo adequar que qualquer membro da família tenha cargo público.”
O governador de São Paulo disse também que “não temos alinhamento político com Jair Bolsonaro, mas apoiamos todas as medidas do governo, que são boas para o Brasil, nas áreas econômica e social. “Vamos apoiar, mas não vou me eximir do espírito crítico”.
BEM-VINDO
Sobre a filiação de Alexandre Frota no PSDB, Doria disse que o deputado foi muito bem recebido no partido. “Ele recebeu seis convites de outras legendas, mas aceitou o nosso.”