O anúncio de que o presidente Jair Bolsonaro está com covid-19 – o segundo teste deu positivo nesta terça-feira (7) – é breaking news (notícias urgentes) nos principais sites internacionais.
A narrativa da imprensa estrangeira também vem recheada de viés ideológico, a exemplo do que ocorre no Brasil. Boa parte acusa Bolsonaro de ter desprezado a doença. E alguns o denominam “líder anticientífico”.
Com uma foto gigante do presidente brasileiro, a manchete do site Business Insider diz:
“Presidente brasileiro Jair Bolsonaro testa positivo para COVID-19 após desrespeitar repetidamente recomendações de saúde pública”
E nos subtítulos ressalta:
“O presidente brasileiro conquistou a reputação de líder anticientífico”
“Em março, Bolsonaro descreveu o COVID-19 como “apenas uma gripezinha”
O jornal The New York Times seguiu a mesma linha na manchete do seu site.
Coronavirus Live Updates: Brazil’s President Tests Positive After Dismissing Precautions
Atualizações ao vivo de Coronavírus: Presidente do Brasil testa positivo após descartar as precauçõesO Brasil perde apenas para os Estados Unidos em casos de vírus, e seu líder foi criticado por lidar com a pandemia.
O britânico The Daily News também deu ênfase à notícia
Brazil’s President Bolsonaro tests POSITIVE for coronavirus but says he feels ‘perfectly well’ and has only mild symptoms
- Bolsonaro said in a TV interview that his fourth coronavirus test was positive
- He has repeatedly played down the virus and mingled with crowds of supporters
- The country has suffered 1.6million confirmed cases and 65,000 related deaths
Ele repetidamente minimizou o vírus e se misturou com multidões de apoiadoresO país sofre com 1,6 milhão de casos confirmados e 65 mil mortes relacionadas
Aqui, no Brasil, desnecessário dizer que desde ontem tem muita gente comemorando a notícia e até uma hashtag no Twitter Força, Coronavirus está circulando desde segunda-feira.
Sem falar nos comentários que circulam pelas redes sociais desejando a sua morte. Nunca se viu tanto ódio disseminado em tempo real.
A mesma mídia, que publica o número de mortes 24 horas e diz defender a vida, é a mesma que agora tenta denegrir a imagem do presidente brasileiro, aqui e lá fora, um comportamento lamentável em se tratando de jornalismo profissional.
Mas, a gente sabe que este é o mecanismo. Se fosse Donald Trump, o comportamento seria o mesmo. Ou até pior!
O OUTRO LADO
Pena que não divulgam tudo o que acontece, de fato, no Brasil desde que surgiu a pandemia: das multidões curtindo o Carnaval, quando o vírus já estava disseminado pelo mundo, aos desvios milionários nas verbas da saúde praticados por governadores de vários estados brasileiros.
Temos também o oportunismo político explícito em relação à doença praticado por aqueles que viram na pandemia a grande chance de destruir o governo, a economia e o ativismo judicial que impediu o governo Bolsonaro de coordenar nacionalmente a grave crise sanitária.
Assim, governadores e prefeitos tornaram-se os responsáveis por mandos e desmandos, atitudes tirânicas de prender pessoas nas ruas, violando direitos constitucionais, enquanto construíam hospitais de campanha milionários, que mal foram usados. Outros nem sequer inaugurados.
Devemos lembrar ainda que o número de 65 mil mortes não é preciso, porque houve decretos governamentais exigindo que profissionais da saúde colocassem o coronavírus como a causa da morte da maioria de pacientes que dava entrada em hospitais, vítimas de outras doenças.
Falta ainda nesta narrativa a informação (esta, sim, crucial) de que Bolsonaro foi um dos primeiros presidentes a defender o uso da hidroxocloroquina para tratamento precoce da covid-19, sendo massacrado diariamente por políticos e a turma do “quanto pior, melhor”.
Embora o remédio, combinado a outros, tenha protocolo do Ministério da Saúde, inúmeros gestores se recusam até hoje a usá-lo nos hospitais públicos, principalmente na fase inicial da doença que evita as complicações.
E o presidente brasileiro já está sendo medicado com o remédio que tanto recomendou. Sua febre baixou, o pulmão está limpo e ele sente-se bem.
Os jornalistas internacionais isentos deveriam passar uma temporada no Brasil antes de dispararem julgamentos precipitados de situações que desconhecem por completo, ou fingem desconhecer, porque este país é expert em burlar leis, mentir, corromper, desinformar.
Mesmo diante de todo esse quadro difícil, o Brasil tem mais de 1 milhão de pacientes recuperados, ocupando o 1º lugar no ranking mundial nesse quesito.
Ao presidente Bolsonaro e a todos que estão sofrendo com esse vírus, nós só podemos desejar uma boa recuperação e muita saúde.
Aos que cultuam as mortes, aguardemos as leis de causa e efeito do Universo. Estas, sim, são infalíveis!