Nunca houve uma rede de intrigas tão orquestrada e maldosa como a do Brasil atual. A vontade de desinformar é tamanha que muitos brasileiros sequer checam as informações que inundam as redes sociais, especialmente quando a intenção é atacar o governo.
Dá uma olhada nessa postagem feita no Facebook do presidente Jair Bolsonaro por um de seus seguidores no último sábado, 24 de agosto. Você acredita que ela seria motivo para causar a repercussão internacional que causou?
Deveria ter provocado essa comoção das “mulheres brasileiras” e de vários artistas (aquela turma já conhecida do #elenão) a expressar sua tamanha indignação, pedindo desculpas à primeira-dama francesa? Até o escritor Paulo Coelho – pasmem – embarcou nessa. Sem falar nos caronistas que usaram a internet para se promoverem à custa de um comentário infeliz.
Em sã consciência e sem a polarização ideológica, você responderia “claro que não, que bobagem”. Afinal, a internet é o lugar das piadas, das memes e da livre expressão. Mas, agora o humor gera crises diplomáticas, maldosamente provocadas por grande parte da mídia. Vivemos a era da desinformação, do salve-se quem puder e da falta total de credibilidade.
Nesta terça-feira, Jair Bolsonaro disse que não ofendeu a mulher de Macron. “Alguém colocou a foto lá e eu falei para não falar besteira”, respondeu aos jornalistas. O presidente anda muito irritado com o comportamento da imprensa brasileira. Não sem razão.
Seria mais uma das milhares de bobagens da internet, se alguns principais veículos de comunicação nacionais não tivessem dado destaque exagerado a esse post, enquanto o Brasil está repleto de assuntos importantes para resolver, como essa questão da Amazônia, que é seríssima.
Fizeram tamanho alarde que Macron acabou respondendo de forma muito ríspida. “Ele foi desrespeitoso. Os brasileiros merecem um presidente que esteja à altura do seu cargo”.
Não sabemos se foi o próprio Bolsonaro que respondeu ao comentário, ou algum dos assessores que cuidam de suas mídias sociais. Nunca saberemos. Claro que o imbroglio poderia ter sido evitado e ninguém deveria ter respondido ou até mesmo mantido o comentário na página. Deixar brechas para os fofoqueiros, hoje, equivale a ser lançado na cova dos leões. É preciso tomar cuidado com as mídias sociais.
De qualquer forma, o dever profissional dos chamados portais de notícias e jornais “sérios” era de ouvir o presidente antes de colocá-lo em uma situação delicada perante ao chefe da nação da França e aos demais países do G7.
Acredito que no sábado havia assuntos muito mais sérios para serem divulgados pela imprensa, como o próprio pronunciamento de Macron em que deixou claro sua intenção de “internacionalizar” a Amazônia, território que pertence ao Brasil.
Era também véspera da grande manifestação marcada para o domingo, dia 25, que levaria milhões de pessoas às ruas de 11 estados do país e do Distrito Federal em defesa da corrupção e contra os parlamentares e ministros do STF que tentam destruir a Lava-Jato.
Nada mais importa para a mídia. Atacar Bolsonaro é muito mais importante do que defender o próprio país, jogando no lixo a credibilidade.
Que os ventos liberais levem para longe esse pseudo jornalismo!