O Comitê de Supervisão da Câmara enviou uma carta ao FBI pedindo uma “investigação robusta” sobre o envolvimento do site de mídia social Parler à invasão do Capitólio dos EUA, em 6 de janeiro.
A presidente do comitê, Carolyn Maloney, na carta, datada de 21 de janeiro, também sugere à inteligência americana que investigue se o site é “um canal potencial para governos estrangeiros”, depois que o Parler contratou os serviços da empresa russa DDoS-Guard, supostamente para redirecionamento de tráfego.
A Justiça Federal dos EUA rejeitou, também nesta quinta-feira (21), um pedido do Parler para que a Amazon restaurasse a sua hospedagem na internet, suspensa no dia seguinte à invasão.
O site completo continua offline. Apenas uma página de destino simples está aberta.
Ela inclui mensagens do CEO, John Matze, de Sean Hannity, da Fox News, do apresentador de rádio Mark Levin e do senador republicano Rand Paul.
Jeffrey Wernick, diretor de operações da Parler, disse ao The New York Times que o DDoS-Guard está apenas apoiando a página da web temporária da empresa usada para atualizações. E que a preferência de hospedagem é por uma empresa americana.
“As pessoas não devem tirar conclusões de que será esta empresa. Elas extrapolam muito e com informações limitadas. E concluem o que querem concluir. Eu chamo isso de espalhar desinformação”, afirmou.
Enquanto isso, Maloney disse que “também foram levantadas questões sobre o financiamento do Parler”, bem como seus “laços com a Rússia”, alegando que o site foi fundado por John Matze “pouco depois de ele ter viajado para a Rússia com sua esposa”, que é nacional russa e “de quem a família supostamente tem laços com o governo russo.”
Procurado pela Reuters e imprensa americana, o Parler não comentou as supostas acusações.
Na semana passada, Matze disse que precisou “deixar sua casa e se esconder com a família depois de receber ameaças de morte e violações invasivas de segurança pessoal”. O relato consta de um processo judicial.