CHINA MANIPULA EMPRESAS DOS EUA PARA INFLUENCIAR OPINIÃO PÚBLICA E DECISÕES DO GOVERNO, DIZEM PARLAMENTARES

    A China está manipulando empresas americanas para ajudar o país a formar opinião pública, influenciar decisões do governo e adquirir tecnologia dos EUA.

  O alerta foi feito por parlamentares republicanos neste domingo (27). Algumas conclusões preliminares do Comitê de Inteligência Permanente da Câmara, que faz uma investigação sobre o assunto, foram antecipadas pelo jornal The Epoch Times.

  “Nossas empresas estão recebendo orientação e direção de autoridades chinesas para influenciar as operações de negócios e direções estratégicas”, diz o relatório.  

  A investigação descobriu ainda que parte da influência da China veio de empresas americanas.

  Os membros do Partido Comunista Chinês (PCC), sejam do conselho ou exercendo cargos executivos em empresas americanas, são conhecidos por “fazer avançar as iniciativas da China na aquisição de tecnologia e penetração nos mercados dos EUA, diz o documento.

  Os americanos dizem que a base dessa estratégia chinesa é substituir os EUA, tornando-se a maior potência mundial.

  Para os legisladores republicanos, Pequim tinha razões bem específicas para tentar influenciar as empresas americanas.

  Ou seja, queria que líderes corporativos dos EUA “pressionassem os executivos e legislaturas locais, estaduais e federais a tomar medidas que beneficiassem Pequim”.

AUTOCENSURA

  Uma segunda estratégia foi “suprimir comentários negativos sobre a China”. E isso aconteceu diante da ameaça de Pequim cancelar contratos com empresas americanas ou negar-lhes acesso aos mercados chineses”, aponta a investigação.

  O jornal afirma que Apple, YouTube, Hollywood e a NBA são parte de um grupo de empresas americanas criticadas nos últimos anos por sua reverência ao PCC e suas políticas de censura.

  Dois casos recentes ilustram bem essa situação: o Facebook baniu  mais de 14 milhões de postagens sobre a possibilidade de o vírus da covid-19 ter escapado do laboratório de Wuhan. Eram taxadas de teorias da conspiração e deletadas da plataforma.

  Depois do vazamento dos emails do médico Anthony Fauci. de a comunidade científica estar reavaliando a hipótese e do presidente Joe Biden ter incumbido a inteligência de investigar a origem do vírus caso, o Facebook agora permite aos usuários falarem sobre o assunto.

  A Nike também foi muito criticada pela declaração do CEO da empresa americana. Ele afirmou: “A Nike é uma marca que é da China e para a China”. 

 Os congressistas sinalizam ainda para a dependência dos EUA das cadeias de abastecimento da China, incluindo minerais de terras raras e produtos farmacêuticos.