A China exigirá que mais de 200 mil jornalistas credenciados tenham pelo menos 90 horas de cursos a cada ano para garantir que sejam “politicamente firmes”, “profissionalmente excelentes” e que estejam alinhados com o partido.
A medida, anunciada em um documento preliminar da Administração Nacional de Imprensa e Publicações e do ministério de recursos humanos do país, é a mais recente tentativa de aumentar o controle sobre os jornalistas.
A estratégia já está sendo colocada em prática antes do congresso do Partido Comunista Chinês de 2022, onde o presidente Xi Jinping buscará seu terceiro mandato como líder, diz o jornal britânico The Times.
Recentemente, Pequim propôs a proibição do investimento privado no setor de notícias.
Isso significa que todos os meios de comunicação do país são controlados pelo Estado, com os mais influentes dirigidos diretamente pelo partido.
Desde que Xi Jinping assumiu o poder, em 2012, ele deixou claro que todos os meios de comunicação devem servir ao partido.
Segundo ele, o país deve melhorar a maneira como conta suas “histórias” para uma audiência global, enquanto busca desenvolver uma voz internacional que reflita seu status no cenário mundial, informou a agência oficial de notícias Xinhua.
O controle da mídia é uma das ferramentas mais utilizadas pelos regimes totalitários.
Por esse motivo, a liberdade de expressão, hoje tão ameaçada, é a maior conquista dos países democráticos.