As companhias aéreas estão sobrevivendo à pandemia que interrompeu o transporte global. Mas, o preço é alto: a projeção das perdas do setor para 2020-2022 é de US$ 201 bilhões. E a recuperação não será rápida.
Apesar disso, o desempenho financeiro das empresas de aviação apresentam sensível melhora, segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).
Neste 2021, a estimativa é que a demanda seja de 40% em relação ao período pré-pandemia, com o transporte de cerca de 2,3 bilhões de passageiros. Um pequeno alívio.
Já em 2022 esse índice deve aumentar para 61%, com o transporte de 3,4 bilhões – semelhante aos níveis de 2014 e bem abaixo dos 4,5 bilhões de 2019.
Segundo a IATA, as pessoas não perderam o desejo de viajar, como mostra o mercado doméstico. Mas, estão sendo impedidas de fazer viagens internacionais por conta das restrições, incertezas e complexidade do cenário mundial.
“Concordamos plenamente que as pessoas vacinadas não devem ter sua liberdade de movimento limitada de forma alguma. Na vrdade, a liberdade de viajar é um bom incentivo para que mais pessoas tomem a vacina”, diz Willie Walsh, diretor da IATA.
Para ele, os governos devem priorizar o restabelecimento da conectividade global, garantindo os 11,3 milhões de empregos da aviação (antes da covid) e dos US$ 3,5 trilhões que o setor de viagens e turismo representa para o PIB.