Não está nada tranquila a situação dos bancos mundo afora: as ações do Credit Suisse despencaram próximas às mínimas históricas no início das negociações desta terça-feira (14), depois que o gigante suíço admitiu ter descoberto “fraquezas materiais” em seus relatórios financeiros nos últimos dois anos.
A empresa com sede em Zurique disse que essas “fraquezas equivalem a uma “falha em projetar e manter um processo de avaliação de risco eficaz para identificar e analisar o risco de distorções materiais”.
O banco suíço informou ainda que seus resultados anuais não foram afetados pela questão e que suas demonstrações financeiras ainda “apresentam razoavelmente, em todos os aspectos relevantes, a condição financeira consolidada do grupo”.
No mês passado, o banco havia divulgado um enorme prejuízo líquido de 7,3 bilhões de francos no ano – o equivalente a aproximadamente US$ 8 bilhões.
As ações do banco caíram até 5%, alcançando o valor de US$ 2,54, dando a ele uma capitalização de mercado de apenas US$ 10,25 bilhões. Na segunda-feira, a ação atingiu a mínima histórica de US$ 2,44.
O investidor Robert Kiyosaki – um investidor que previu corretamente a queda do Lehman Brothers em 2008 – está entre os especialistas que levantaram preocupações sobre a estabilidade do Credit Suisse.
“O problema é o mercado de títulos e acho que o próximo banco a sair é o Credit Suisse”, disse Kiyosaki durante entrevista na segunda-feira na Fox Business Network. “O mercado de títulos está em colapso”, afirmou.
SITUAÇÃO NOS EUA
No domingo, o Tesouro, o Federal Reserve e o FDIC disseram que garantiriam todos os depósitos mantidos no falido Silicon Valley Bank e em outra empresa fechada, o Signature Bank em Nova York.
Segundo o jornal The New York Post, o governo diz que os contribuintes do país não terão nenhum custo com o movimento de resgate.