Os pequenos e médios empresários do turismo e artesãos de Veneza temem o pior para seus negócios. Eles fizeram neste início da semana, primeiro dia da flexibilização, um protesto que começou na Piazza San Marco, no centro histórico.
Usando máscaras e exibindo a bandeira italiana, caminharam em direção à Ponte Rialto, gritando palavras de ordem, como Vergonha e Queremos reabrir.
O objetivo foi chamar a atenção do governo italiano e do restante do mundo para a difícil situação em que se encontram, há mais de dois meses parados, com muitas empresas à beira do colapso.
O comércio local só poderá reabrir no dia 18 de maio à medida que forem reduzidos os casos de coronavírus.
Com cerca de 50 mil habitantes, Veneza perdeu a sua principal fonte de renda: os turistas. A cidade, até então uma das mais visitadas do mundo, continua vazia e famílias inteiras correm o risco de perder tudo.
Os comerciantes entregaram um documento à prefeitura pedindo intervenções fiscais para evitar a falência de muitas empresas.
O país vai incentivar o turismo doméstico, porque as fronteiras italianas só deverão ser abertas aos viajantes internacionais no final do ano. E não há ainda nenhuma garantia que isso, de fato, aconteça.