Começou agosto e a palavra-chave do mês no mundo é tarifa. O presidente Donald Trump anunciou na noite de quinta-feira (31) novas taxas recíprocas impostas a países em todo o planeta. As tarifas comerciais variam de 10% (valor base) a 50%, como é o caso do Brasil, que está sendo sancionado por uma série de fatores, entre eles a violação de direitos humanos, censura e perseguição política aos opositores do governo, especialmente ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo a imprensa americana, cerca de 40 países com os quais os EUA têm um pequeno déficit comercial terão uma alíquota de 15%, enquanto outros 30 países receberam alíquotas entre 18% e 50%. Elas entrarão em vigor dia 7 de agosto, com exceção do Canadá onde as novas tarifas entraram em vigor nesta sexta-feira (1º)
Enquanto o Brasil não conseguiu sequer iniciar as negociações para um acordo que minimize os impactos na economia do país, outros países estão conversando com Trump, como é o caso do México.
“Acabei de ter uma conversa telefônica com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, que foi muito bem-sucedida, pois, cada vez mais, estamos nos conhecendo e nos entendendo”, postou Trump na quinta-feira (31) em sua rede Truth Social.
E prosseguiu:
“As complexidades de um acordo com o México são um pouco diferentes das de outras nações, devido tanto aos problemas quanto aos recursos da fronteira. Concordamos em estender, por um período de 90 dias, exatamente o mesmo acordo que tínhamos no último curto período, ou seja, que o México continuará a pagar uma tarifa de 25% sobre o fentanil, uma tarifa de 25% sobre carros e uma tarifa de 50% sobre aço, alumínio e cobre.”
Em relação ao Canadá, o aumento das tarifas comerciais é, segundo a Casa Branca, uma resposta à falta de cooperação do país vizinho no combate ao fluxo de fentanil e outras drogas ilícitas através da fronteira.
O governo Trump ressalta que mercadorias que tentarem fugir dessas tarifas receberão uma taxa adicional de 40%.
QUAIS SÃO OS PAÍSES?
Foram tarifados em 15%: Afeganistão, Angola, Bolívia, Botsuana, Camarões, Chade, Costa Rica, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Equador, Guiné Equatorial, União Europeia, Fiji, Gana, Guiana, Islândia, Israel, Japão, Jordânia, Lesoto, Liechtenstein, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Moçambique, Namíbia, Nauru, Nova Zelândia, Nigéria, Macedónia do Norte, Noruega, Papua Nova Guiné, Sul Coreia, Trindade e Tobago, Turquia, Uganda, Vanuatu, Venezuela, Zâmbia e Zimbabué.
A Nicarágua terá uma tarifa de 18%, enquanto Camboja, Indonésia, Malásia, Paquistão, Filipinas e Tailândia, de 19%. Bangladesh, Sri Lanka, Taiwan e Vietnã pagarão 20%, enquanto produtos de Brunei, Índia , Cazaquistão, Moldávia e Tunísia, 25%.
Argélia, Bósnia e Herzegovina, Líbia e África do Sul estarão sujeitas a uma tarifa de 30%. Já Sérvia e Iraque terão uma tarifa de 35%, a Suíça de 39%, e Laos e Mianmar estarão sujeitos a uma tarifa de 40%. Síria estará sujeita a uma tarifa de 41% e o Brasil, 50%.