A biometria é segura? Você sabia que, caso seus dados biométricos sejam roubados, não poderá depois modificá-los? Ou seja, ela não poderá ser redefinida. A situação é perigosa. Um estudo da Kaspersky, empresa de cyber segurança, revela que 13% dos brasileiros já foram vítimas de roubo de identidade após o uso indefvido de dados pessoais.
Dados biométricos como Impressões digitais, rosto, íris ou voz são características físicas únicas de uma pessoa as quais permitem que sua identidade seja validada rapidamente. E por isso mesmo têm sido cada vez mais adotados no processamento de documentos oficiais, bem como no acesso e autenticação de aplicativos de pagamento e outros serviços online. Mas, a biometrias não é infalível.
Segundo a Kaspersky, 37% dos computadores usados para coletar, processar e armazenar dados biométricos registraram pelo menos uma tentativa de infecção por malware, colocando essas informações em risco.
Especialistas alertam que os cibercriminosos já podem falsificar as características biométricas dos usuários e é mais fácil contornar sua autenticação usando técnicas avançadas, como o uso de inteligência artificial.
O grande problema é que, ao contrário da senha, a biometria não pode ser alterada se comprometida e os criminosos poderão se passar por identidades e acessar serviços confidenciais, como banco digital, sistemas de saúde ou plataformas para processar documentos oficiais, deixando a vítima permanentemente exposta.
“É por isso que é compreensível que mais da metade (56%) dos brasileiros temam o reconhecimento facial ou scanners oculares, por exemplo, para verificar identidades ou usar serviços bancários online. Não se trata de medo, mas de criar um ambiente digital onde usuários e organizações protejam adequadamente esses dados”, afirma María Isabel Manjarrez, pesquisadora de segurança da Equipe Global de Pesquisa e Análise para a América Latina da Kaspersky.
DICAS DE PROTEÇÃO
Segundo os especialistas, há algumas regrinhas básicas:
Pesquise antes de compartilhar sua biometria: certifique-se de que a entidade ou plataforma que os solicita tenha políticas de privacidade claras. Revise como seus dados são coletados, armazenados e usados.
Evite registrar sua biometria em plataformas ou dispositivos não verificados: apenas o faça em sites ou serviços oficiais que você possa confirmar como legítimos.
Ative a autenticação multifator em suas contas e dispositivos: combine sua biometria com senhas, códigos SMS ou aplicativos de verificação para fortalecer seu acesso.
Atualize seus dispositivos e aplicativos: as atualizações corrigem vulnerabilidades que podem ser exploradas por cibercriminosos.
Desconfie de aplicativos ou sites que solicitam sua biometria sem explicação: algumas fraudes solicitam verificação de identidade para roubar essas informações.