Se você adora fazer suas comprinhas nos sites internacionais, prepare-se para gastar mais. Essas compras ficarão mais caras a partir do dia 1º de abril. É que nesta data entrará em vigor a nova alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que passará de 17% para 20% para compras internacionais.
Mas, o que isso significa na prática?
Com a nova alíquota de 20%, somada ao imposto de importação, um produto que hoje custa R$ 100 pode chegar a R$ 160.
A justificativa para essa mudança, segundo o governo, é alinhar a tributação de importados com a do mercado interno, para proteger a indústria nacional e garantir empregos no Brasil. A história que usaram, em 2024, para taxar as compras dos sites internacionais como Shein e Shopee, causando muita polêmica entre os brasileiros.
Segundo Mariana Pulegio, assessora de investimentos, planejadora financeira CFP e sócia da WIT Invest, para as empresas brasileiras, o efeito é um pouco mais complexo. De um lado, lojistas e fabricantes locais podem se beneficiar, já que os importados ficarão mais caros e menos atrativos. Isso pode ajudar a indústria nacional a competir melhor e até gerar mais vendas.
Mas, por outro lado, muitos pequenos empreendedores que revendem produtos importados ou dependem de insumos de fora também sentirão o impacto. Se o custo subir demais, eles podem perder margem de lucro ou ter que repassar os aumentos aos clientes, o que pode reduzir a demanda.
No geral, a ideia do governo é estimular a economia local e aumentar a arrecadação de impostos. No entanto, o risco é que, em vez de impulsionar o comércio nacional, a medida simplesmente diminua o consumo no geral. Afinal, se os preços subirem muito, nem os importados nem os produtos nacionais serão opções viáveis para muitas pessoas, avalia a especialista.