Milhares de pessoas saíram às ruas neste domingo (11) em várias cidades de Cuba em protesto ao colapso na saúde e contra o governo comunista de Miguel Días-Canel.
Inúmeros vídeos de pessoas caminhando pacificamente por Havana começaram a circular nas mídias sociais no final da tarde (horário de Brasília).
As pessoas gritavam por Liberdad, Liberdad. As cenas, que rapidamente se espalharam pelo mundo, surpreenderam a todos. A manifestação já está sendo considerada a maior revolta popular dos últimos 30 anos.
Os vídeos gravados ao vivo de diversos lugares da ilha circularam por cerca de uma hora e depois desapareceram. A internet e todo o sistema de comunicações da ilha, incluindo telefone fixo, foram cortados.
“Nossos filhos estão morrendo de fome”, dizia uma manifestante. Outros vídeos ao vivo mostravam saques e pessoas deixando as lojas carregando caixas.
A pandemia nocauteou ainda mais uma população que há muito tempo vive em condições precárias. Há falta de remédios e alimentos.
Embora tenha uma medicina considerada de ponta, os manifestantes reclamam da precariedade do sistema de saúde.
A cubana Zoe Martínez, que vive no Brasil, disse em live no YouTube que as vacinas estão sendo vendidas para o Irã e a Venezuela, mas o povo cubano não está sendo imunizado.
Tão logo as ruas foram tomadas pela população, o governo convocou ‘os amigos da revolução’ para defender o regime.
Cenas fortes mostravam policiais batendo nos manifestantes e jogando-os ao chão.
Em outras, via-se uma viatura da polícia sendo derrubada pela multidão.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, postou um vídeo no Twitter oferecendo o apoio do estado aos cubanos.
“A Flórida apoia o povo cubano que vai às ruas contra o regime tirânico de Havana. A ditadura cubana reprimiu o povo cubano durante décadas e agora tenta silenciar aqueles que têm a coragem de se pronunciar contra suas políticas desastrosas”, escreveu.