Um país sob dura repressão e praticamente incomunicável. Assim está Cuba três dias após o histórico 11 de julho, quando foram deflagrados vários protestos no país.
A conexão de internet móvel continua interrompida, embora uma minoria tenha recuperado o serviço de dados e alguns jovens estejam conseguindo acessar a rede com a ajuda de plataformas VPN.
Até esta quarta-feira (14), a maioria dos cubanos ainda não tinha acesso à internet pelo celular, o que na prática representa um apagão quase total, já que na ilha existe uma pequena minoria de domicílios que podem pagar por uma conexão wi-fi.
Por isso, os cidadãos, principalmente os jovens, recorrem aos serviços VPN e outros truques para driblar a censura e acessar redes de dados móveis 3G e 4G, controladas pelo monopólio estatal de telecomunicações Etecsa.
Mas, eles têm dificuldades de usar aplicativos, como o WhatsApp, para passar mensagens.
Na terça-feira, uma jornalista independente que cobria os protestos foi levada pelas forças de segurança de Cuba enquanto fazia uma live com uma emissora de TV espanhola.
Especialistas acreditam que o governo cortou a internet para evitar que os protestos aumentem, embora também considerem que a medida pode ser contraproducente ao aumentar o descontentamento da população com as autoridades.
Para piorar ainda mais a situação, o corte de dados interrompeu a rotina dos trabalhadores, cuja a maioria está trabalhando em sistema home office, incluindo o sistema educacional em função da pandemia.