O assunto do momento nas redes sociais é política 24 horas. Quem conseguiria imaginar tempos atrás que pessoas das mais diferentes idades, ideologias e classes sociais iriam “administrar” o país, dando palpites na formação do novo governo?
Hoje, a maioria já sabe os nomes dos ministros do presidente eleito Jair Bolsonaro, que fala diretamente com seus eleitores pelo Twitter e Facebook. Ele dá opiniões e as escuta também. Já voltou atrás em algumas decisões em respeito aos eleitores.
É um fenômeno novo, cheio de adrenalina e muito envolvimento popular. Embora os antigos políticos tentem agir como se nada estivesse acontecendo, legislando em causa própria, não dá mais para ignorar o grande poder da sociedade civil – antes tão apática por se sentir impotente diante da impunidade. Hoje, os brasileiros são fiscais do país e marqueteiros dos seus próprios ideais.
A gente começou a gostar muito de exercer a tal da cidadania – algo que, realmente, fazia falta neste país. Não foi uma mudança rápida. Exigiu pelo menos cinco anos de mobilizações nas ruas, motivadas pelos chamados movimentos sociais, e muito tempo na internet.
Mesmo com o país dividido e os discursos de ódio, a esperança de um novo Brasil, hoje, é latente. Surge das entranhas, saindo pelos poros desta nação tão maravilhosa, mas escandalosamente desigual. E ganhou força com a vitória de Jair Bolsonaro, um deputado federal desconhecido e que foi eleito com cerca de 56 milhões de votos, apesar de tantas cirscunstâncias desfavoráveis.
Grande parte desse engajamento turbinado deve-se às mídias sociais, que deram voz aos que têm realmente poder de decisão: os eleitores. E ninguém quer mais saber de privilégios, de conspirações no apagar das luzes do Congresso, de corruptos assumindo cargos de confiança, de interesses pessoais e de farra com o dinheiro público. A população exige transparência, ética e respeito.
Quem não entender esse processo democrático, vai ficar para trás. Seja imprensa, emissoras de TV, governo, artistas, intelectuais… Vocês precisam ler com atenção o que as pessoas escrevem diariamente nas redes sociais, antes de tomar posições contra ou a favor. Os comentários do Twitter e do Facebook, onde a liberdade de expressão rola solta, são hoje a maior inspiração para qualquer um que dependa da opinião pública/audiência para sobreviver.
Mas, tem gente que insiste em permanecer no modelo do velho mundo, evocando os fantasmas da ditadura do passado. Muitos estão jogando sua credibilidade e carreira no lixo em nome de uma ideologia ou para não perder benefícios. Criticam sem base, só por pirraça, só para dizer que são oposição, chamada de resistência. Não está funcionando. Nem vai funcionar. A comunicação mudou: agora vem de baixo para cima!
O país está de volta às mãos dos seus legítimos donos: os brasileiros, pagadores de altos impostos e muito maltratados (ou seria roubados?) por seus governantes ao longo de décadas. São eles hoje a oposição mais consistente ao sistema político. São eles que falam, pelas redes sociais, com o presidente. Os antigos “intermediários” devem ficar mais atentos a isso!