EM BUSCA DA ELEGÂNCIA PERDIDA: VOCÊ JÁ RECUPEROU A SUA?

    

  É
impressionante o número de fotos, páginas e contas nas mídias sociais criadas
diariamente com imagens vintage, tanto de pessoas famosas quanto de roupas,
acessórios etc.


  Mulheres que foram ícones de beleza, talento e sensualidade,
como Liz Taylor, Sophia Loren, Brigitte Bardot, Jackie Onassis (foto) e a princesa Diana,
entre tantas, têm milhares de seguidores e continuam mais presentes do que
nunca no universo virtual e na lembrança real das pessoas. 

  No último dia 19 de agosto, foi muito lembrando pelo universo fashion o aniversário de 133 anos do nascimento de Coco Chanel. A herança da estilista francesa continua na marca que até hoje segue o estilo de sua criadora e é objeto de desejo das mulheres elegantes. Os ícones nunca morrem! 

Lady Di, glamour contemporâneo e brilho eterno 


   Excesso de nostalgia dos mais velhos? Mas,
então, por que os jovens são os que mais interagem nesse tipo de páginas? Já li
diversos comentários, do tipo: “Ah, como eu gostaria de ter vivido nessa época
e de ter usado essas roupas”. Ou “como elas eram elegantes, me identifico com
esse estilo”, escrevem garotas nas mídias sociais.
Modelos dos anos 1950, o auge do glamour   Fotos Pinterest

   Os jovens não são
nostálgicos. Ao contrário: vivem intensamente o presente. Mas eles estão em
busca de referências, que não sejam as atuais, tão empobrecidas. Sem
grandes perspectivas de futuro, a fonte de inspiração – na moda, no lifestyle,
nos costumes, na música – acaba sendo a busca de um mundo mais
romântico, ético e glamouroso.

  A elegância se perdeu ao longo do tempo,
apagando o toque de mistério feminino, marcado por pequenos detalhes, como
um par de luvas brancas, um chapéu estiloso, um colar de pérolas. 

 

Alta costura: vestido Christian Dior, anos 1950

  Ou ainda um
decote mais insinuante no longo vestido rodado, que marcava a cintura. Esses acessórios
enlouqueciam o imaginário masculino – e eternizavam as mulheres em suas mentes.
Não era preciso mostrar mais nada!

   A estilista Carolina Herrera diz que “tendências vêm e vão, mas elegância e sofisticação são qualidades atemporais. E as mulheres devem regatá-las para se sentir elegantes.”

  E foi além: “a chave sempre é o mistério. Um pouco de mistério é fundamental em tudo o
que se faz – e na roupa também. Algumas mulheres pensam que a palavra elegância
está fora de moda. Mas não é tudo o que elas mostram que as tornarão diferentes e
atraentes.” Herrera se referia a mulheres que hoje se apresentam quase semi
nuas.
 

“O luxo não é o oposto da pobreza, mas sim da vulgaridade”, dizia Chanel

  O fato é que quanto
mais as mulheres se mostram, menos elas aparecem. Quanto mais se despem, mais
revelam a sua baixa auto estima. A necessidade de usar o corpo para chamar a
atenção independe de status, fama e dinheiro. Há mulheres poderosas, ricas e
famosas, mas que não conseguem ser sofisticadas. Enquanto outras o serão eternamente. 
   Em noites de red
carpet, algumas celebridades ganham
destaque internacional, não pelo talento, mas sim pelo modelo do vestido que usam,
tanto no positivo quanto no negativo. E o trabalho realizado – na música, no
cinema etc – acaba em segundo plano. Portanto, existe aí um prêmio para a elegância.
 

O dress nude de Beyoncé no red carpet
As transparências de Jennifer Lopez 

  O mesmo vale para o cotidiano daquelas que não estão sob os holofotes. A moda hoje é democrática. Cada um usa o que quer e ninguém tem nada a ver com isso.


 Mas, uma mulher bem vestida sempre vai atrair mais olhares. Até mesmo se estiver usando um jeans com uma camisa branca. O requinte está nas coisas mais simples.   

 Por isso, não se
sinta ultrapassada, nostálgica ou diferente das demais, caso não tenha a mínima necessidade de
exibir o corpo para revelar a sua verdadeira feminilidade, o seu poder de
sedução. Como dizia Coco Chanel, “o luxo não é o oposto da pobreza, mas sim da vulgaridade.”

  As mulheres elegantes (não necessariamente magras, siliconadas,
platinadas, lipoaspiradas etc) sempre foram as mais sedutoras. O brilho precisa vir da essência. A
aparência é só um reflexo!