A crise bateu em Dubai. A Emirates, a poderosa companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos, suspende temporariamente a maioria dos voos de passageiros na próxima quarta-feira, 25 de março. Os salários dos funcionários serão reduzidos por três meses.
Mas, vai manter o transporte de carga aérea internacional para economias e comunidades, destinando sua frota de 777 cargueiros para o transporte de bens essenciais, incluindo suprimentos médicos em todo o mundo.
A Associação Nacional de Transporte Aéreo de Dubai, conhecida como dnata, também está reduzindo drasticamente suas atividades.
Isso inclui o fechamento temporário de operações em alguns locais do mundo com baixa demanda. Ela opera nos cinco continentes.
CORTE DE SALÁRIOS
Embora tenha forte solidez em caixa, a companhia de Dubai também adota plano de contenção de gastos, com redução de salário para a maioria dos funcionários por três meses, mas não demite.
Algumas das principais medidas:
Incentivo aos funcionários a tirar férias, remuneradas ou não, diante da capacidade reduzida de voo.
Corte temporário do salário base para a maioria dos funcionários do grupo por três meses, entre 25% a 50%. Os trabalhadores de nível júnior estão isentos da redução.
Os presidentes da Emirates e da dnata também terão um corte de salário base de 100% por três meses.
“O mundo literalmente entrou em quarentena devido à pandemia. Esta é uma crise sem precedentes em termos de amplitude e escala: geograficamente, bem como do ponto de vista da saúde, social e econômico”, disse o sheikh Ahmed bin Saeed Al Maktoum, presidente e diretor executivo do Emirates Group.
Sobre a redução salarial ele afirma que:
“Em vez de pedir aos funcionários que deixem o negócio, optamos por implementar um corte salarial base temporário pois queremos proteger nossa força de trabalho e manter nosso pessoal talentoso e qualificado, tanto quanto possível, evitando o corte de empregos.”
A companhia também vai operar voos de repatriamento de passageiros e de carga para os países que ainda estiverem com as fronteiras abertas e se houver demanda.
São eles: Reino Unido, Suíça, Hong Kong, Tailândia, Malásia, Filipinas, Japão, Cingapura, Coreia do Sul, Austrália, África do Sul, EUA e Canadá. O Brasil não está nessa relação.