EMPRESÁRIOS CRITICAM ANTECIPAÇÃO DE FERIADOS EM SÃO PAULO: ‘TEREMOS GRAVES PROBLEMAS’!

    Com o agravamento da pandemia no Estado de São Paulo, o prefeito da capital, Bruno Covas, anunciou nesta quinta-feira (18) a antecipação de cinco feriados.

   Serão “dez dias de férias”, entre 26/03 e 04/04. Acredita-se que o funcionamento do sistema bancário não será alterado. Medida que já adotou em 2020 e que não surtiu grandes resultados.

  A medida foi duramente criticada pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDLESP).

 Segundo a federação, as empresas, além de não produzirem, terão que pagar horas extras aos departamentos financeiros, pois os pagamentos aos fornecedores, salários e tributos continuarão. E os vencimentos não serão alterados.

  “Graves problemas serão originados por esta grande ideia, nascida na cabeça de políticos profissionais que sempre viveram de recursos públicos. Cada vez mais o poder público demonstra seu total desconhecimento do funcionamento do sistema produtivo e da realidade das pessoas”, diz a nota divulgada pela federação. 

  E diz mais: “No Brasil, não é o governo que trabalha para o povo, mas ele é quem trabalha para o governo.” 

  Bruno Covas também modificou o horário de rodízio de carros na cidade, das 20h às 5h, que será implementado a partir do dia 22.

  Ambas medidas, antecipação de feriados e mudanças no rodízio, foram adotadas em 2020 sem gerar muito impacto.

  Em relação ao rodízio, precisou voltar atrás porque gerou mais ainda aglomeração nos transportes públicos, este sim o grande foco de contágio em São Paulo, que eles não conseguem resolver.

  Apesar do lockdown, ônibus, metrôs e trens continuam abarrotados e, depois de várias denúncias sobre os riscos de contágio, resolveram mandar de volta para as ruas boa parte da frota de ônibus que lotam os pátios das empresas. Sim, reduziram a frota em 12% na cidade.

   Já o rodízio foi implementado no mesmo horário do toque de recolher. Vale lembrar que a capital tem ficado muito vazia à noite, com  apenas os serviços essenciais funcionando. Parece uma cidade fantasma.

  Qual o sentido do rodízio, então? Seria para aumentar a arrecadação de multas?

   Os dirigentes lojistas têm razão: esses políticos não têm noção do sistema produtivo e da realidade das pessoas.

   E pelo jeito não vão aprender tão cedo!