Agora é oficial: os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) ampliaram oficialmente nos EUA o calendário entre um dose e outra das vacinas contra a covid-19 diante da elevada taxa de inflamação cardíaca relatada por vários grupos.
Até então, os americanos eram instruídos a tomar duas doses das vacinas Pfizer e Moderna, as duas mais usadas no país e que usam tecnologia mRNA.
A segunda injeção da Pfizer deveria ser tomada 21 dias após a primeira e a da Moderna, 28 dias.
Agora, a orientação é que as pessoas podem esperar até dois meses entre a primeira e a segunda dose.
Existe também a expectativa de que intervalos mais longos ofereçam melhores respostas do sistema imunológico.
Isso porque a eficácia da vacina diminui com o tempo e mostrou que não surte efeito contra a variante Ômicron.
Até Bill Gates, um grande investidor em vacinas, disse recentemente que a Ômicron funciona como uma vacina e imunizou a população mundial com maior êxito do que as próprias vacinas.
Segundo a imprensa americana, o prolongamento do intervalo ocorre em função de taxas mais altas do que estavam previstas da incidência de miocardite e pericardite (dois tipos de inflamação do coração).
Esses efeitos adversos foram registrados em homens com menos de 40 anos e em algumas mulheres depois de receberem uma segunda dose da vacina da Pfizer ou da Moderna.
O próprio CDC reconhece em seu site que, “embora o risco absoluto permaneça pequenos, o risco relativo de miocardite é maior para homens entre 12 e 39 anos, podendo ser minimizado com um intervalo maior entre a primeira e segunda doses”.
Vários países, como o Canadá, já haviam alterado há alguns meses esse intervalo. E muitos estudos sugeriram que o risco em alguns grupos de miocardite após a vacinação era maior do que contrair a covid-19.