A Europa vive uma fase bem mais difícil no combate ao coronavírus: a reação popular contra as medidas restritivas adotadas por vários países. Há inclusive alertas de “guerra civil” em países, como Holanda. Pior: não existem hoje vacinas para imunizar toda a população.
Neste fim de semana, cidadãos holandeses fizeram protestos violentos contra novos toques de recolher adotados no país, entrando em confronto com a polícia.
Foram os piores tumultos dos últimos 40 anos e o primeiro-ministro holandês alertou: “estamos a caminho da guerra civil”.
A França vai decidir esta semana se decretará o terceiro bloqueio nacional porque a situação é “preocupante”. A Itália também pode fazer o mesmo.
FALTAM VACINAS
A esperança de que as vacinas seriam a solução mais rápida para sair da crise minguaram.
O Instituto Pasteur francês precisou abortar o projeto, que desenvolvia nem parceria com a farmacêutica Merck, porque não funciona, publicou o jornal britânico Daily Mail.
Para completar, a AstraZeneca, cujo imunizante ainda não foi aprovado pelos orgãos reguladores da União Europeia, anunciou o corte de fornecimento de vacinas para o continente em até 60% por conta dos problemas de abastecimento.
Essa medida levou a Itália a anunciar que vai entrar com uma ação contra a farmacêutica por obedecer o que havia sido contratado.
O presidente da UE, Charles Michel, admitiu que a vacinação de 70% da população da Europa, que em tese garantia a imunidade de rebanho – no final do verão, como planejado, será “difícil”.
Os fabricantes de vacinas culpam a cadeia de abastecimento da UE pelo fracasso em entregar as prometidas 80 milhões de vacinas até o final de março, conforme previa o acordo.