O ex-presidente da Bolívia Evo Moralez poderá sofrer uma nova denúncia: estupro e tráfico de pessoas.
O governo da presidente interina, Jeanine Áñez, disse que há suspeita que o ex-presidente, hoje com 60 anos, teria mantido um caso amoroso com uma menor.
O caso se tornou público após investigação policial, iniciada em julho, quando moradores contaram ter visto um carro oficial do governo de Cochabamba, no centro do país, carregado com gasolina roubada.
A polícia prendeu os ocupantes, entre eles uma menina de 19 anos (suposta companheira de Morales), sua irmã e o motorista.
As perícias no celular da jovem revelaram mensagens de whatsapp e fotos da garota com Evo Morales. Segundo o governo, ela acompanhava Morales em diversas regiões do país quando ele ainda era presidente e ela, menor de idade.
“Se todas as informações documentadas em vídeos, áudios e mensagens forem verdadeiras, solicitaremos a pena máxima para o senhor Evo Morales”, afirmou o vice-ministro da Transparência, Guido Gustavo Melgar.
Na Bolívia, relações sexuais com menores de 18 anos são consideradas estupro.
A jovem e sua família saíram do país ilegalmente na semana passada rumo à Argentina, onde Morales está asilado. O governo boliviano está pedindo uma colaboração da Migração argentina porque a jovem foi acusada pelo Ministério Público de furto do carro.
Segundo a imprensa boliviana, o Ministério da Justiça recebeu denúncias anônimas de outros menores.
Morales, que renunciou à presidência em novembro de 2019, já foi denunciado por fraude eleitoral, terrorismo e de ser o mandante dos protestos que provocaram bloqueios nas estradas durante a pandemia, provocando danos à saúde pública.