EXECUTIVOS BRASILEIROS PRESERVAM CADA VEZ MAIS QUALIDADE DE VIDA!

Eles recusariam até promoção para manter equilíbrio entre vida pessoal e profissional, segundo estudo global

Os profissionais brasileiros estão muito comprometidos com o seu bem-estar: eles são os que mais recusariam promoção no trabalho para preservar a sua qualidade de vida. Foi o que constatou o estudo global Talent Trends 2024, da Michael Page, uma das maiores consultorias especializadas em recrutar executivos.

Os indicadores do Brasil superam a média global (48%), da América Latina (43%) e de países, como Colômbia (44%), Panamá (42%), Argentina (41%), Chile (39%), Peru (18%) e México (36%).

Essa pesquisa global é considerada um dos estudos mais abrangentes sobre profissionais e mercado de trabalho, realizado em 37 países, entre novembro e dezembro de 2023, envolvendo cerca de 50 mil profissionais em todo o mundo. O objetivo é alinhar as diferentes expectativas de profissionais (salários competitivos. flexiblidade e aspectos da cultura organizacional) e empresas. 

Essa busca por modelos de trabalho mais flexíveis, que favoreçam o equilíbrio entre a rotina pessoal e profissional, tem sido cada vez mais reivindicada pelos profissionais, e também estabelecida pelas empresas, principalmente depois da pandemia, que gerou uma reorganização do mercado corporativo.

“A busca por equilíbrio na vida e a intensidade da demanda que uma promoção pode trazer faz com que os profissionais prefiram o bem-estar a uma nova oportunidade na carreira”, afirma Juliana Ribeiro, gerente-executiva da Michael Page.

TRABALHO PRESENCIAL 

 Os brasileiros também lideram o índice de profissionais que estão trabalhando presencialmente com mais frequência do que há um ano, em função de políticas internas mais rígidas das empresas. Segundo o levantamento, 54% dos entrevistados do Brasil atuam de forma presencial por exigência da organização, ficando à frente das médias da América Latina (53%) e global (49%).
 

A pesquisa também buscou entender até que ponto os profissionais estão abertos a modelos de trabalho mais flexíveis. Para 70% dos brasileiros, é grande a possibilidade de aceitarem uma oferta de emprego como freelancer. Esse percentual também foi registrado como média dos colaboradores da América Latina.

A reorganização do mundo corporativo pós-pandemia faz com que as empresas ambém assumam posturas diferentes, ou mais flexíveis, hoje para manter seus quadros. Isso porque boa parte dos colaboradores pode enxergar as mudanças impostas como perda de autonomia.

“As companhias precisam comunicar claramente as expectativas sobre os modelos de trabalho e explicar o que motivou essa decisão, criando benefícios e assim gerando engajamento para que as pessoas vejam sentido nos momentos em que passam no escritório – por exemplo, de interações pessoais, treinamentos e rituais de equipe”, afirma Juliana Ribeiro.

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