O Brasil é um país muito curioso. Agora, alguns criticam a intervenção militar na segurança pública do Rio, onde a situação saiu fora
de qualquer controle. E o Estado deu provas suficientes de que não tem a mínima condição de
colocar a casa em ordem.
Até esta quinta-feira, 16 de fevereiro, a maioria
se mostrava escandalizada com os assaltos, os arrastões, a morte de mais de 100
policiais nos últimos meses, as crianças feridas e mortas por balas perdidas, a dor das famílias que perderam filhos, maridos, esposas. Os cariocas pediam socorro!
se mostrava escandalizada com os assaltos, os arrastões, a morte de mais de 100
policiais nos últimos meses, as crianças feridas e mortas por balas perdidas, a dor das famílias que perderam filhos, maridos, esposas. Os cariocas pediam socorro!
Muitos
também se escandalizaram com o que aconteceu na cidade antes e durante o
Carnaval – os vídeos viralizaram nas mídias sociais, enquanto as pessoas dançavam nas ruas como se nada estivesse acontecendo! Mas, aconteceu muita coisa e os números dessa violência nunca saberemos ao certo.
também se escandalizaram com o que aconteceu na cidade antes e durante o
Carnaval – os vídeos viralizaram nas mídias sociais, enquanto as pessoas dançavam nas ruas como se nada estivesse acontecendo! Mas, aconteceu muita coisa e os números dessa violência nunca saberemos ao certo.
A RATAZANA GIGANTE NO DESFILE DA BEIJA-FLOR, A CAMPEÃ DE 2018 |
O prefeito foi para o exterior e o governador Pezão só acionou um esquema
emergencial de segurança na terça-feira, 13, quando vários moradores, turistas e até artistas, como Juliana Paes e a banda Capital Inicial, tinham sido assaltados. Na passarela do samba, o caos do país e a precária situação do Rio viraram enredos e estamparam carros alegóricos. Os turistas lotaram a cidade, mesmo sabendo que correriam riscos: o Rio foi o destino mais procurado pelos brasileiros no Carnaval.
emergencial de segurança na terça-feira, 13, quando vários moradores, turistas e até artistas, como Juliana Paes e a banda Capital Inicial, tinham sido assaltados. Na passarela do samba, o caos do país e a precária situação do Rio viraram enredos e estamparam carros alegóricos. Os turistas lotaram a cidade, mesmo sabendo que correriam riscos: o Rio foi o destino mais procurado pelos brasileiros no Carnaval.
Na quarta-feira de cinzas, 14, Pezão – em uma entrevista para a Globo – alegou que dimensionaram mal o
evento mais concorrido do estado há décadas, como se o Carnaval fosse uma festa surpresa! E finalizou: “Acho que houve um erro da nossa parte.”
evento mais concorrido do estado há décadas, como se o Carnaval fosse uma festa surpresa! E finalizou: “Acho que houve um erro da nossa parte.”
Infelizmente,
o Rio – a exemplo de outras capitais brasileiras – chegou ao fundo do poço. A
corrupção “matou” o Estado e o crime nunca esteve tão organizado. Os
comprovadamente corruptos são presos pela Lava-Jato, mas a instância maior da Justiça manda
soltá-los, indignando a sociedade civil.
o Rio – a exemplo de outras capitais brasileiras – chegou ao fundo do poço. A
corrupção “matou” o Estado e o crime nunca esteve tão organizado. Os
comprovadamente corruptos são presos pela Lava-Jato, mas a instância maior da Justiça manda
soltá-los, indignando a sociedade civil.
Então,
qual seria a saída? Deixar tudo como está para ver como é que fica,
principalmente em um ano eleitoral? Acreditar que a falta de segurança pública no Rio é um simples caso de polícia e que tudo seria resolvido nas urnas?
qual seria a saída? Deixar tudo como está para ver como é que fica,
principalmente em um ano eleitoral? Acreditar que a falta de segurança pública no Rio é um simples caso de polícia e que tudo seria resolvido nas urnas?
Não
estaria na hora de os brasileiros começarem a valorizar a vida humana que está
acima de partidos políticos, ideologias e interesses pessoais dos que
ganham muito com o crime, o descaso do próprio governo e a corrupção? Somente indignação e revolta pelas mídias sociais não resolvem o problema. É preciso ação!
estaria na hora de os brasileiros começarem a valorizar a vida humana que está
acima de partidos políticos, ideologias e interesses pessoais dos que
ganham muito com o crime, o descaso do próprio governo e a corrupção? Somente indignação e revolta pelas mídias sociais não resolvem o problema. É preciso ação!
De fato, a função do Exército não é policial. Em uma situação normal, as Forças Armadas não deveriam estar nos morros tomando conta de brigas entre quadrilhas do tráfico e evitando assaltos nas ruas. Os soldados são treinados para a guerra. Mas, o que é hoje o Rio senão o palco de uma sangrenta guerrilha urbana?
Ora,
vamos deixar de lado a hipocrisia, o mimimi de sempre e entender que a impunidade tem um preço alto. O resultado agora é este: intervenção militar para permitir ao cidadão o
direito de ir e vir, sem tomar um tiro e morrer no meio do caminho.
vamos deixar de lado a hipocrisia, o mimimi de sempre e entender que a impunidade tem um preço alto. O resultado agora é este: intervenção militar para permitir ao cidadão o
direito de ir e vir, sem tomar um tiro e morrer no meio do caminho.
Aos eternos críticos de plantão – sabe aquela turma do quanto pior, melhor? – fica a pergunta: que solução eles dariam ao Rio de Janeiro, fevereiro, março…?