Os jornais e sites do Reino Unido veiculam neste dia 2 de janeiro uma campanha pedindo aos não fumantes que se comprometam a ajudar amigos e membros da família a largarem o cigarro como uma resolução de ano novo.
Seria mais uma campanha antibagista. Mas esta é patrocinada pela Philip Morris, a maior fabricante de tabaco e comercialização fora dos EUA. É a primeira vez que uma empresa faz apelo direto aos não fumantes para livrar o país da fumaça.
“Você pode antecipar o dia em que todo o Reino Unido não terá mais fumaça”, diz a peça publicitária que integra o movimento Hold My Light, lançado em outubro de 2018 com o objetivo de incentivar os adultos não fumantes a ficar longe da fumaça por 30 dias com o apoio dos amigos e familiares, visto que na Europa já existem outras opções para quem fuma.
A comunidade científica internacional e órgãos reguladores já se manifestaram sobre a questão de que a fumaça formada durante a queima do cigarro é a principal causadora de doenças relacionadas ao tabagismo. Eliminando-se a queima, reduz-se a formação de compostos tóxicos inalados pelo fumante.
O Brasil, que tem mais de 20 milhões de fumantes, ainda não dispõe de alternativas que reduzam os riscos, como os cigarros eletrônicos e aquecedores que não queimam o tabaco.
Para Fernando Vieira, diretor de assuntos corporativos da Philip Morris Brasil, “a desinformação e a falta de uma regulamentação clara para essas novas tecnologias acabam protegendo indiretamente o cigarro convencional, que é a pior forma de consumo de tabaco”, diz.