Um tumulto durante um festival religioso em Israel matou pelo menos 44 pessoas e deixou centenas de feridos, 150 deles hospitalizados, segundo as autoridades.
A tragédia ocorreu no Monte Meron, no norte do país, durante as celebrações de Lag BaOmer, feriado em que milhares de pessoas, a maioria formada por judeus ultraortodoxos, se reúnem para homenagear o rabino Shimon Bar Yochai, um sábio do século 2, que ali está enterrado.
Durante a ocasião, multidões participam do evento, que dura a noite inteira, incluindo oração, música, dança e fogueiras.
Vídeos que circularam nas mídias sociais mostravam milhares de pessoas pulando junto com a música e centenas agrupados em espaços apertados.
Não se ainda as causas do incidente, uma grande debandada, que aconteceu depois da meia-noite (horário local) desta sexta-feira (30).
Segundo testemunhas, algumas pessoas foram “asfixiadas ou pisoteadas em uma passagem”, relatou a Reuters.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que foi “uma grande tragédia” e que todos estavam orando pelas vítimas.
O Exército do país enviou médicos, equipes de busca e resgate e helicópteros.
Esta foi a primeira grande reunião religiosa, realizada legalmente, desde que Israel suspendeu praticamente todas as restrições da pandemia, após campanha de vacinação bem-sucedida.
As autoridades de saúde, no entanto, se mostraram contra a realização de um evento tão grande.
Porém, autoridades importantes do país compareceram à reunião e a polícia destacou um contingente de 5 mil pessoas para manter a ordem.