Legisladores da Flórida estudam projeto de lei que tornaria crime levar uma crianças a um show de drag queen.
É a resposta do estado ao bar Mr. Misster, em Dallas, no Texas, que apresenta um show para toda família em homenagem ao mês do orgulho LGBT+.
A polêmica foi um show no último sábado, permitindo que crianças dançassem com artistas no palco.
O objetivo, segundo a mídia local, era para arrecadar dinheiro a organizações juvenis LGBT+, atraindo convidados que normalmente não podem assistir aos shows no bar devido a uma restrição de idade para beber.
O deputado Anthony Sabatini, um democrata da Flórida, condenou no Twitter o evento e disse que vai propor uma lei que torna crime levar crianças para assistir a esse tipo de show, rescindindo os direitos parentais do adulto.
O governador republicano do estado, Ron DeSantis, descreveu o show drag de Dallas como “muito, muito perturbador” e confirmou que pediu à equipe que analisasse a legislação proposta.
DeSantis disse que a Flórida está se esforçando para proteger as crianças contra o abuso infantil, fazendo referência ao seu projeto de lei Parental Rights in Education, também conhecido como lei Don’t Say Gay, que assinou em março.
Ela estabelece que o ensino em sala de aula relacionado à orientação sexual ou identidade de gênero é restrito nas escolas estaduais de ensino fundamental.
“Há um movimento para injetar essas coisas como ideologia de gênero nas escolas primárias, e minha opinião é que nossas escolas precisam ensinar essas crianças a ler e escrever e somar e subtrair”, afirmou.
No Texas, os legisladores também se movimentam. O deputado Bryan Slaton, republicano, condenou o show.
“Os eventos do fim de semana passado foram horríveis e mostram uma tendência perturbadora na qual adultos pervertidos são obcecados com a sexualização de crianças pequenas”.
O bar defendeu seu evento, afirmando que realizou o show familiar “porque acreditamos que todos devem ter um espaço para poder celebrar quem são.”
Nos Estados Unidos, 17 projetos de lei diferentes direcionados ao público LGBT+ foram sancionados em dez estados somente em 2022, enquanto mais de 355 estão sendo discutidos em outros 36 estados.