Mais de meio milhão de franceses podem perder, a partir deste sábado (15), o status de totalmente vacinados.
É que o país adotou novas regras para comprovação de vacinas. Assim, quem foi vacinado há sete meses ou mais precisará tomar uma dose de reforço, o que deverá afetar cerca de 560 mil cidadãos.
Segundo comunicado do Ministério da Saúde da França, “todas as pessoas com mais de 18 anos devem ter recebido a dose de reforço a tempo para manter o certificado de vacinação ativo”.
Sem o passaporte sanitário os franceses não podem ter acesso à maioria dos locais públicos, entre eles museus, bares e restaurantes, conforme lei federal.
Outra mudança que vai impactar os não vacinados é que agora para acessar esses locais não será mais aceito o teste negativo para covid-19 como vinha sendo feito até então.
As novas medidas devem provocar polêmica no país. Recentemente, os conselheiros da EMA (a agência reguladora da Europa) alertaram que doses frequentes de reforço não são recomendáveis na batalha contra a pandemia.
A EMA pediu uma mudança para “um cenário mais endêmico”. O conselheiro da agência Marco Cavaleri sugeriu que os programas deveriam ser semelhantes às estratégias de imunização contra a gripe do inverno e não algo “repetido constantemente”.
Isso porque os reforços constantes correm o risco de “desgastar o sistema imunológico e cansar as pessoas”, disse a agência.