GUERRA DAS VACINAS: A DA RÚSSIA É ‘ EFICAZ E SEGURA’, DIZEM ESTUDOS. SERÁ?

  A corrida global frenética pela vacina contra o coranavírus desafia a ciência: a Rússia divulgou nesta sexta-feira (4), os resultados dos dois primeiros ensaios clínicos, indicando que a vacina é “segura e eficaz”. 


   Eles foram publicados no prestigioso jornal britânico The Lancet. Chamada de Sputinik V, ela se tornou a primeira no mundo aprovada para uso em massa. O presidente Vladimir Putin quer imunizar toda a população do país a partir de outubro. 


  A iniciativa russa gerou polêmica na comunidade científica, porque não havia evidências sobre a segurança e a eficácia da vacina.

 Para completar, espiões britânicos detectaram um ataque cibernético russo nos computadores de cientistas da Universidade de Oxford, que desenvolvem uma vacina quase idêntica. Houve temores de que Moscou tenha tentado roubar pesquisas do Reino Unido.

  Segundo os estudos dos cientistas russos, “a vacina estimulou uma resposta imunológica em todos os participantes inoculados e não causou nenhum problema sério de saúde”.

  Dizem ainda que a produção de anticorpos observada nos pacientes sugere que a vacina apresenta defesa para a covid-19.


 Cientistas ocidentais independentes consideraram os resultados “tranquilizadores”, mas alertam que os testes são limitados para justificar a vacinação de milhões de russos.


  Isso porque apenas 76 voluntários participaram do estudo, todos saudáveis e a maioria na faixa entre 20 e 30 anos. Os testes foram feitos em dois hospitais de Moscou.

   Especialistas dizem que as vacinas podem ser mais perigosas em idosos e vulneráveis, porque seus sistemas imunológicos são fracos para combater as pequenas quantidades de vírus contidas na vacina.


  Argumentam ainda que o fato de a injeção não provocar danos, não significa que realmente possa prevenir a infecção em situações da vida real. Eles defendem pesquisas mais rigorosas. 


  Cientistas americanos e britânicos, não envolvidos com os estudos, consideram os resultados “encorajadores”. Mas, também se mostram preocupados com a qualidade da pesquisa e consideram que é ainda cedo para uma vacinação em massa.


   Na verdade, tudo ainda é experiência e as pessoas precisam estar conscientes dessa situação.