INFLUENCIADOR DENUNCIADO POR EXPOR CRIANÇAS NAS REDES FOI PRESO EM SP!

Hytalo Santos e seu marido, Israel Nata Vicente, foram detidos sob suspeita de crime de tráfico de pessoas, exploração sexual e trabalho infantil artístico irregular

Será que o grave problema da superexposão infantil na internet começará a ser tratado como deve no Brasil? Nesta sexta-feira (15), Hytalo Santos e seu marido, Israel Nata Vicente, conhecido como Euro, foram presos em Carapicuiba, região metropolitana de São Paulo. Eles são acusados de explorar crianças e adolescentes em conteúdos nas redes sociais.

Hytalo foi denunciado publicamente pelo youtuber Helca em um vídeo de 50 minutos sobre adultização das crianças nas redes. O vídeo viralizou – teve no Youtube mais de 41 milhões visualizações e cerca de 259 mil comentários nos últimos oito dias. E o assunto virou polêmica nacional, entrando inclusive nas discussões do caldeirão político porque o governo passou a defender a censura nas redes sociais, aliás, algo que tenta fazer há muito tempo.

O fato é que Helca fez um vídeo importante de alerta aos pais. Por sua vez, Hytalo, com 20 milhões de seguidores, já estava sendo investigado desde 2024 pelo Ministério Público da Paraíba, mas até a denúncia de Felca continuava atuando normalmente. Com a gigantesca repercussão nacional, suas mídias foram suspensas pela Justiça.

A defesa de ambos afirma que são inocentes e que eles estão à disposição das autoridades.

O marido Euro gravava vídeos com Hytalo, sendo que as crianças e adolescentes participantes também apareciam em conteúdos publicados por ele. Os dois estão juntos há cerca de cinco anos.

As prisões foram determinadas pela Justiça da Paraíba após uma força-tarefa envolvendo o Ministério Público, o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Civil de São Paulo.

Em sua decisão, o juiz Antônio Rudimacy Firmino de Souza, da 2a Vara da Comarca de Bayeux (PB), diz haver indícios claros “do crime de tráfico de pessoas, exploração sexual e trabalho infantil artístico irregular, além de constrangimento de crianças e adolescentes, entre outros crimes.

O juiz afirmou ainda que a prisão procura “impedir novos atos de destruição ou ocultação de provas, bem como evitar a intimidação de testemunhas”. Segundo ele, essas situações vêm ocorrendo desde que ambos tomaram conhecimento da investigação.

O delegado do DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais), Fernando Davi, disse que a polícia suspeita que os dois estavam tentando fugir ao se esconderem na casa em São Paulo, onde foram presos. Eles sabiam, segundo o delegado, que o mandato de prisão contra eles seria expedido.

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